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Dissertação
Atividade antiplasmódica e composição química de óleos essenciais e extratos fixos de Croton sacaquinha Croizat
Devido à frequente aquisição de resistência dos parasitos da malária aos fármacos atuais, é de imprescindível importância a descoberta de novas substâncias que possam dar origem a novos tratamentos para esta doença que acomete milhões de pessoas por ano. O estudo de plantas medicinais é uma al...
Autor principal: | Kienen, Jeane Luize Pereira |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4196624057167420 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2022
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9089 |
Resumo: |
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Devido à frequente aquisição de resistência dos parasitos da malária aos fármacos atuais, é de
imprescindível importância a descoberta de novas substâncias que possam dar origem a novos
tratamentos para esta doença que acomete milhões de pessoas por ano. O estudo de plantas
medicinais é uma alternativa promissora como fonte de substâncias antimaláricas e a Amazonia
é uma fonte inestimável para tal. Este trabalho investigou a composição química e o potencial
antimalárico (antiparasitário) da planta Amazônica Croton sacaquinha Croizat. Óleos essenciais
(OEs) das folhas, caules e cascas de C. sacaquinha foram preparados por hidrodestilação e sua
composição química foi caracterizada qualitativamente por cromatografia gasosa com detecção
de ionização de chama (CG-DIC) e espectrometria de massas (CG-EM). Foram identificadas 50,
55 e 56 substâncias, respectivamente, nos OEs das cascas (11-15% da área total dos picos:
espatulenol, óxido de cariofileno; 5%: ledol, linalol), dos caules (8-12%: cipereno, espatulenol,
óxido de cariofileno) e das folhas (8-11%: b-elemeno, germacreno D, linalol, selin-11-en-4 -
ol). Os extratos dessa espécie foram preparados utilizando diversos solventes e os extratos foram
avaliados para atividade inibitória in vitro frente à cepa K1 (resistente à cloroquina e à
pirimetamina) de Plasmodium falciparum Welch (espécie causadora da forma mais letal da
malária). Inicialmente a triagem do potencial antiplasmódico de 13 extratos da folha e da casca
de C. sacaquinha foi realizada em duas concentrações (5,0 e 50 µg/mL). Nessa triagem os
extratos hexânico, de acetato de etila (AcOEt), etanólico e hidroetanólico da casca e os extratos
hexânico e etanólico da folha mostraram potencial antiplasmódico (inibição ≥80%). Devido ao
seu potencial antiplasmódico e perfil de cromatografia em camada delgada (CCD), o extrato de
AcOEt da casca foi preparado em maior escala e fracionado por cromatografia em coluna,
levando ao isolamento do ácido 3-acetil aleuritólico, identificado com base nos resultados da
ressonância magnética nuclear (RMN). As determinações das CI50 foram realizadas utilizando 7
concentrações de extrato (de 100 a 1,56 µg/mL). O extrato etanólico da casca foi ativo (CI50 =
4,92 µg/mL), o de AcOEt da casca parcialmente ativo (CI50 = 16,3 µg/mL) e o de AcOEt da
folha inativo (23,4 µg/mL). São resultados inéditos deste estudo: 1) a própria existência de OEs
na casca e no caule e a sua composição química; 2) a presença do triterpeno, o ácido 3-acetil
aleuritólico, nas cascas e 3) a atividade antiplasmódica das cascas de C. sacaquinha, utilizadas
na medicina tradicional. |