Nesse trabalho, estudo o retorno das denominações pentecostais nas ocupações de terras de
Manaus, como um ritual de empoderamento denominacional, a partir da narrativa da fundação
da Igreja. O ponto de partida da tese, reside na afirmação que as Igrejas pentecostais na
atualidade, detentoras de inúmeros capitais, inicialmente não fizeram uma opção pelas
periferias, elas empurradas devido as parcas condições financeiras, e pela presença da Igreja
Católica nos espaços centrais. Portanto esse movimento de retorno é o ponto que procuramos
entender. Afim de um melhor entendimento sobre o movimento pentecostal, perscrutamos
sua origem a partir da festa judaica, até o atual formato, o que denominamos de
pentecostalismo moderno, quando chega ao Brasil e em Manaus. Tomando a Amazônia como
um texto, pode-se dizer que desde dos primeiros cronistas até os intelectuais mais recentes,
projetavam sobre essa um olhar religioso, partejando uma teologia da posse, esse percurso o
qual chamei de Viagem das Ideias religiosas. Por fim, no último momento, a partir do método
etnográfico, estudamos a plantação de uma Igreja pentecostal em uma ocupação de terra em
Manaus.
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