Esta pesquisa considera a bacia hidrográfica como uma unidade de análise socioambiental onde se manifestam as demandas sociais dos grupos que ocupam e constroem esse espaço. Sob essa forma de abordagem a metodologia do Geossistema, foi trabalhada, para analisar os aspectos naturais, sem desconsiderar os aspectos sociais, relacionando-os em uma análise socioambiental. A área selecionada foi a Sub-bacia Hidrográfica do Franco, Zona Oeste da cidade de Manaus, a classificação de Sub-bacia hidrográfica decorre pelo fato do Igarapé do Franco consistir em um dos afluentes do Igarapé do Mindu. A poluição das águas e o processo de ocupação das margens são de imprescindível importância neste estudo. Dessa forma, estudou-se o processo de ocupação nessa sub-bacia associando-o aos impactos socioambientais decorrentes de uma primeira fase, originada por tipos de ocupação onde a apropriação do ambiente — é estruturada por demandas determinadas pela necessidade de morar em área urbana — e, em seguida, aos impactos causados pelo planejamento do território pelo estado. Na década de 1950 devido à expansão urbana de Manaus, as margens do igarapé do Franco, foram ocupadas por moradias irregulares, posteriormente, no ano de 2010, o governo iniciou o processo de desocupação da área, com intuito de fazer uma recuperação ambiental. Por meio de pesquisa em documentos, revisão bibliográfica, analise de imagens de satélites da última década e trabalho de campo, foi possível compreender o processo de ocupação da referida bacia hidrográfica e os impactos socioambientais. Com isso pretende-se contribuir para o estudo da Geografia Física, em uma complexa analise sistemática e social, avaliando os fatores naturais como a hipsometria e o processo de formação socioespacial, apresentando medidas para superar os problemas ambientais.
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