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Dissertação
A vida cabocla ribeirinha em Histórias do Rio Negro, de Vera do Val
O presente trabalho analisou os contos do livro Histórias do Rio Negro (2007), de Vera do Val, ganhador em 2008 do prêmio Jabuti, observando a vivência dos caboclos e caboclas ribeirinhos representados no texto de modo a se compreender aspectos da cultura amazônica sob os apontamentos das teorias da...
Autor principal: | Conceição, Marcio Fernandes |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0133886440274327 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9264 |
Resumo: |
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O presente trabalho analisou os contos do livro Histórias do Rio Negro (2007), de Vera do Val, ganhador em 2008 do prêmio Jabuti, observando a vivência dos caboclos e caboclas ribeirinhos representados no texto de modo a se compreender aspectos da cultura amazônica sob os apontamentos das teorias da Residualidade Literária e Cultural, a qual foi sistematizada pelo poeta e ensaísta professor Doutor Roberto Pontes (1999, 2006, 2015, 2018), aplicada nesta dissertação como instrumento de constatação da Amazônia como lugar de literatura e cultura híbrida e residual. Para isso, faz-se uma pesquisa bibliográfica aliada também às bases teóricas argumentativas de João de Jesus Paes Loureiro (2015) e de Marcos Frederico Krüger Aleixo (2011) para pensar a cultura e a literatura na Amazônia. Neste estudo crítico sobre o livro de Vera do Val, destacamos a recorrência a contos e especificidade da escrita e da escritora, acerca desse modo literário que faz Histórias do Rio Negro um livro ímpar, com seus cenários e contextos em que as mulheres são as personagens protagonistas do livro. São 26 (vinte e seis) contos que demonstram uma cultura híbrida, formada pelas relações residuais oriundas dos diversos povos habitantes da região amazônica. Nesse sentido, é enfatizada a violência residual carregada pela História da região, sobretudo as sofridas pelas mulheres. São elas que lutam para saírem da condição de exploração, muitas vezes usando a sensualidade e o sexo na busca pela ascensão social. Lutas que envolvem amor, sensualidade, morte e exploração, simbolicamente representadas pelas ações do rio e da natureza, além da cor vermelha intensa que se faz presente em alguns contos. O rio é o espaço narrativo em que se faz presente seus mistérios, poesias, lendas e local em que as personagens transitam com suas histórias de vida. |