Introdução: Existem relatos na literatura de que a Fitoterapia Chinesa pode ter um potencial efeito benéfico no tratamento da Síndrome Metabólica. Objetivo: Descrever a relação dose- resposta do efeito da ação terapêutica da Fitoterapia Chinesa como tratamento complementar ou isolado na Síndrome Metabólica. Método: Tratou-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados com síntese qualitativa. Conduziu-se a revisão sistemática de acordo com a diretriz de redação do manuscrito PRISMA. A busca da literatura foi realizada nas seguintes bases de dados eletrônicos: MEDLINE via PubMed, Embase, Cochrane Central, BVS e ClinicalTrials.gov, sem restrição de idioma ou ano de publicação. Pesquisou-se a literatura cinzenta nas bases eletrônicas Google Scholar e Scopus. Utilizou-se os seguintes descritores: Fitoterapia Tradicional Chinesa; Extratos de Plantas Chinesas; Síndrome Metabólica; Síndrome X Metabólica; Síndrome X de Resistência à Insulina. Todos os termos utilizados para a pesquisa foram associados aos operadores booleanos AND e OR, de modo a obter artigos mais relevantes ao tema proposto. A análise metodológica e risco de viés foram realizados através da ferramenta Risk of Bias (RoB2) tool da Cochrane, e análise das limitações metodológicas através do CASP Randomised Controlled Trial Standard Checklist. A análise da evidência qualitativa foi realizada através do GRADE-CERqual. O protocolo desta revisão sistemática encontra-se registrado no Prospective Register of Systematic Review (PROSPERO) com CRD42021281682. Resultados: Nove ensaios clínicos randomizados, todos revisados por pares, foram incluídos nesta revisão. Assim, em 88,8% dos estudos incluídos a Fitoterapia Chinesa mostrou exercer um efeito benéfico no controle da Síndrome Metabólica. Quanto a análise da evidência qualitativa os estudos apresentaram confiança de baixa a moderada. Conclusão: A Fitoterapia Tradicional Chinesa possui um grande potencial no tratamento da Síndrome Metabólica, especialmente no controle do metabolismo da glicose e lipídios. Todavia, o mecanismo de ação desses fitoterápicos ainda precisa ser mais investigado por ensaios clínicos em larga escala, como também mais ensaios de alta qualidade são necessários para confirmar a eficácia e segurança da Fitoterapia Chinesa.
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