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Dissertação
Decolonialidade, contracolonização e transgressão nas metáforas de Ailton Krenak
Esta Dissertação resulta de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar metáforas de Ailton Krenak sobre a relação entre a experiência humana, a modernidade e a natureza, em perspectiva decolonial. Tal análise decorreu dos seguintes problemas de pesquisa: que metáforas Krenak utiliza, em seus textos,...
Autor principal: | Borges, Patrícia Vaz |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3022360544230282, https://orcid.org/0000-0001-9924-6454 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9608 |
Resumo: |
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Esta Dissertação resulta de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar metáforas de Ailton
Krenak sobre a relação entre a experiência humana, a modernidade e a natureza, em
perspectiva decolonial. Tal análise decorreu dos seguintes problemas de pesquisa: que
metáforas Krenak utiliza, em seus textos, para refletir sobre um mundo regido por narrativas
coloniais? como essas metáforas traduzem, individualmente e em conjunto, a
cosmopercepção Krenak sobre a relação homem/natureza? como essas metáforas expressam
oposição às narrativas colonialistas e se firmam como elemento de resistência decolonial?
Os livros Ideias para adiar o fim do mundo (2020a) e A vida não é útil (2020b) de Krenak
constituíram o universo de amostra, onde constam as metáforas selecionadas como corpus
da pesquisa. A cosmopercepção quilombola sobre a humanidade também se encontra
presente na pesquisa por meio dos pensamentos de Antônio Bispo dos Santos, o Mestre Nêgo
Bispo, intelectual piauiense que traz, em ensaios e poemas, possibilidades de emancipação
do modo de vida imposto às sociedades modernas no livro Colonização, quilombos: modos
e significações, (2015). As reflexões apresentadas criam um campo de pensamento no qual
os saberes de povos indígenas e afrodiaspóricos se sobrepõem a uma estrutura de saber
colonialista, contribuindo para a difusão dos estudos literários e discursivos, ancorada em
bases teóricas necessárias, tais como o conceito de oralitura (MARTINS, 2003). Buscamos
também contribuir para a ampliação dos estudos sobre o fenômeno linguístico e estético da
metáfora. Apresentamos quatro capítulos, nos quais discorremos sobre a relação entre a
pesquisa e a pandemia, desenvolvemos um estudo sobre os conceitos basilares da teoria
decolonial, mapeamos as principais metáforas dos textos de Ailton, Krenak, apresentando
três quadros de análise, discorremos sobre oralitura e transgressão literária. A pesquisa
procura mostrar a urgência de se conhecer, discutir e valorizar saberes e práticas ancestrais,
apresentando modos de significações do mundo silenciadas por práticas colonialistas.
Cosmovisões transgressoras e decoloniais instigam-nos não a apresentar respostas, mas a
formular cada vez mais perguntas. |