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Tese
Atividade antidiabética da 4-Metoxichalcona isolada e nanoencapsulada
O diabetes mellitus, uma alteração metabólica resultante de defeitos na secreção ou produção de insulina, tornou-se um sério problema de saúde pública em todo o mundo. Dadas as implicações das alterações metabólicas causadas pela diabetes na sociedade, economia e qualidade de vida, a busca por no...
Autor principal: | Rosales Acho, Leonard Domingo |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3297291162967132, https://orcid.org/0000-0002-1241-6578 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9649 |
Resumo: |
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O diabetes mellitus, uma alteração metabólica resultante de defeitos na secreção ou produção
de insulina, tornou-se um sério problema de saúde pública em todo o mundo. Dadas as
implicações das alterações metabólicas causadas pela diabetes na sociedade, economia e
qualidade de vida, a busca por novas alternativas terapêuticas para essa doença é de extrema
importância. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade
antidiabética da 4-metoxichalcona isolada (MPP) e de sua formulação nanoencapsulada (NC),
por meio de ensaios in sílico, in vitro e in vivo. Inicialmente, a MPP foi sintetizada utilizando a
reação de condensação de Claisen-Schmidt e, posteriormente, caracterizada e quantificada por
RMN e espectrometria de massas. A nanoencapsulação do MPP resultou em uma formulação
estável e de liberação prolongada, com características favoráveis, incluindo uma distribuição
monomodal com tamanho de 187±3,85 nm, potencial zeta de -19,9 ± 0,72 mV, índice de
polidispersão de 0,21 ± 0,007 e condutividade de 0,041 ± 0,004 mS. Essa formulação
demonstrou estabilidade em ampla faixa de temperaturas (10 ̊C a 80 ̊C) e pH (1 a 5). A MPP
apresentou resultados promissores, demonstrando ausência de toxicidade tanto in vitro quanto
in vivo. Além disso, exibiu efeito hipoglicemiante em camundongos saudáveis e diabéticos
durante o teste de tolerância oral à glicose (TTOG), embora não tenha apresentado o mesmo
efeito no teste de tolerância oral à sacarose (TTOS). A administração oral tanto da MPP isolada
quanto de sua formulação nanoencapsulada demonstrou efeito hipoglicemiante em
camundongos diabéticos após tratamento de 7 semanas. Os níveis de glicemia obtidos com a
nanocápsula contendo MPP (NC10 = 166±58) na dose de 10 mg kg-1 pc, metformina (MET200
= 199±64) e MPP (MPP200 = 123±44) na dose de 200 mg kg-1 pc foram estatisticamente
equivalentes ao grupo não diabético (GN = 121±15), indicando que a nanoencapsulação
potencializou em 20 vezes o efeito antidiabético da MPP. Além disso, foi observado um efeito
antiglicante in vitro, e esses resultados foram corroborados pela redução dos níveis de HbA1c
(%) nos grupos MET200, MPP200 e NC10, alcançando níveis comparáveis ao grupo não
diabético (GN). É relevante destacar que o controle da glicemia foi alcançado sem causar dano
hepático, conforme comprovado pelas baixas concentrações de malonaldeído (μmol/g) e pela
histologia hepática. Esses resultados são de extrema relevância, uma vez que a MPP é uma
molécula de baixo custo e de fácil obtenção. O desenvolvimento de uma nanoformulação ativa
contendo essa molécula mostra-se como uma excelente opção terapêutica para o tratamento
do diabetes. Assim, esse estudo contribui significativamente para a busca de novas
abordagens farmacológicas no combate a essa doença metabólica crônica. Entretanto, são
necessárias futuras investigações e ensaios clínicos para validar completamente o potencial
terapêutico e a segurança dessa nanoformulação, de forma a viabilizar sua aplicação clínica e
seu potencial como um medicamento eficaz no tratamento do diabetes mellitus. |