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Dissertação
Consumo de medicamentos para COVID-19 e fatores associados em uma população adulta no município de Coari – Amazonas
Introdução: O uso de medicamentos durante a pandemia de COVID-19 teve uma série de impactos, abrangendo desde o tratamento da doença até questões mais amplas de saúde pública, fatores sociais e econômicos. Na Amazônia brasileira, cujo acesso aos serviços de saúde é restrito, o uso de medicamentos...
Autor principal: | Silva, Mariana Paula da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/2558222302575048, https://orcid.org/0000-0003-1946-6110 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2024
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9916 |
Resumo: |
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Introdução: O uso de medicamentos durante a pandemia de COVID-19 teve uma série de
impactos, abrangendo desde o tratamento da doença até questões mais amplas de saúde pública,
fatores sociais e econômicos. Na Amazônia brasileira, cujo acesso aos serviços de saúde é
restrito, o uso de medicamentos para COVID-19 de forma irracional pode ocasionar riscos à
saúde, como reações adversas graves, resistência microbiana, e também gerar gastos
desnecessários. Objetivo: Analisar o uso de medicamentos para COVID-19 em uma população
adulta no município de Coari – Amazonas. Método: Estudo transversal de base populacional
realizado no município de Coari - Amazonas. A amostra probabilística foi composta por 374
adultos. A coleta de dados do macroprojeto ocorreu nos meses Outubro e Novembro de 2021,
onde foi utilizado um questionário composto por variáveis independentes: sociodemográficas e
informações sobre a COVID-19. A variável dependente para este estudo foi considerada com o
uso de pelo menos um medicamento para COVID-19 sem a prescrição médica ou de dentista,
indicada pelo farmacêutico, enfermeiro, Agente Comunitário de Saúde (ACS), vizinho ou
amigo, familiar, pelo próprio entrevistado ou por outros, desde o início da pandemia até a data
da entrevista. Na análise dos dados, utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson e regressão
logística multivariada, onde o ajuste do modelo da regressão foi avaliado pelo teste de Hosmer
e Lemeshow. Resultados: A prevalência do uso de medicamentos para COVID-19 foi de
68,0%, dentre esses, a maioria consumiu medicamentos através da automedicação 56,3%. Os
medicamentos mais consumidos na modalidade automedicação foram classificados no grupo
de anti-infecciosos de uso sistêmico (45,9%), seguidos dos produtos antiparasitários, inseticidas
e repelentes (23,8%), e sistema nervoso (16,5%). Na modalidade consumo de medicamentos
prescritos, destacaram-se os medicamentos classificados no grupo de anti-infecciosos de uso
sistêmico (30,9%), sistema nervoso (23,0%), e produtos antiparasitários, inseticidas e
repelentes (15,2%). Dentre os principais sintomas da doença, destacaram-se a disgeusia
(16,1%), dor de garganta (15,7%), anosmia (15,6%), dispneia (dificuldade para respirar)
(14,9%), tosse (14,6%), coriza (13,2%) e a diarreia (9,8%). No modelo de regressão logística,
agricultura e pesca (OR = 0,396, IC: 0,177 – 0,845 p=0,019), e sintomas de COVID-19
(OR=0,394, IC: 0,179-0,817 p=0,015) mostrou-se como fator de proteção a prática de
automedicação. Conclusão: Na população, a prática elevada da automedicação principalmente
de antibacterianos para uso sistêmico, e a prescrição de médico ou dentista de medicamentos
sem eficácia para COVID-19, reflete a necessidade da promoção do uso racional de
medicamento, não somente para a população, mas também para os profissionais de saúde. |