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Dissertação
Condições de saúde e bem-estar de trabalhadores universitários em relação a presença de transtorno mental comum, peso aumentado e risco metabólico
Objetivo Geral: Avaliar as condições de saúde e bem-estar de trabalhadores universitários em relação a presença de Transtorno Mental Comum (TMC), peso aumentado e risco metabólico. Identificar as prevalências de TMC e obesidade, bem como as condições sociodemográficas e laborais dos trabalhadores...
Autor principal: | Monteiro, Sara Alves |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará
2024
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9979 |
Resumo: |
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Objetivo Geral: Avaliar as condições de saúde e bem-estar de trabalhadores universitários em
relação a presença de Transtorno Mental Comum (TMC), peso aumentado e risco metabólico.
Identificar as prevalências de TMC e obesidade, bem como as condições sociodemográficas e laborais
dos trabalhadores. Analisar as prevalências das medidas antropométricas, de bioimpedância e de
glicemia capilar com ênfase no peso aumentado e risco metabólico. Método: Estudo descritivo,
transversal de abordagem quantitativa. O público-alvo foram docentes e técnicos administrativos
vinculados a uma Instituição de Ensino Superior pública. A coleta dos dados ocorreu em duas etapas.
A primeira de forma remota, com aplicação de instrumento, que permitiu avaliar as condições
sociodemográficas e a presença de Transtorno Mental Comum. A segunda foi presencial, para realizar
as medidas antropométricas, de bioimpedância, glicemia capilar e da pressão arterial. A análise foi
realizada no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). As variáveis categóricas foram
apresentadas em tabelas contendo frequências absolutas (n) e relativas (%). Assim como a regressão
logística foi calculada considerando intervalo de confiança de 95% e P-valor ≤0,05. Resultados: Dos
94 participantes, a maioria eram mulheres (66%), na faixa etária ≤50 anos (63,8%), casadas (64,9%),
com filhos (64,9%), sendo ≤ 2 (53,2%). A maior parte era docente (55,3%), com baixa percepção da
sua condição de saúde (51,1%), apresentando peso aumentado (60,6%) e risco metabólico elevado
(55,3%). Na comparação entre os grupos, os participantes com TMC (40,4%), eram os que tinham ≥
3 dependentes de renda [60,5%, (p=0,011). A pergunta do Questionário para rastreio de transtorno
mental comum com maior percentual de resposta SIM foi “sente nervoso/tenso/preocupado” (58,5%).
Os participantes com peso aumentado, tinham média de 47,4 (p=0,004) anos de idade, filhos [75,4%
(0,008)] e ≥ 3 dependentes da renda [54,4%(p=0,019)]. Também informaram ter alguma doença
crônica [52,6% (p=0,029)], sendo a hipertensão mais frequente [47,4% (p=0,000)], e ter adoecido nos
últimos 90 dias [35,1% (p=0,046)]. Os participantes com risco metabólico aumentado (55,3%),
tinham > 50 anos de idade (50% (p=0,002), filhos [76,9% (p=0,007)] e desempenhavam suas funções
laborais na área da Ciências Sociais e Humanas [44,2% (p=0,039)]. Além disso, consideraram sua
saúde a melhorar/regular [61,5% (p=0,024), referiram ter hipertensão [44,2% (p=0,002)] e
apresentaram peso [86,5% (p=0,000)] e relação cintura-quadril [55,8% (p=0,000)] aumentados. A
análise de regressão logística mostrou que o sexo feminino tem 4 vezes maior chance para vir a ter
Transtorno Mental Comum [OR=4.06 (IC95% 1.32 - 14.4), p≤ 0,02]. Os participantes com peso aumentado têm 8 vezes mais na chance de risco metabólico aumentado [8.47 (IC95% 2.07 -12.0) p≤
0.008] e 4 vezes mais de percentual de gordura corporal elevado [4.78 (IC95% 1.90 - 5.10) p≤ 0.008].
Quanto ao risco metabólico aumentado, a chance aumentou para aqueles que referiram ter ≥ 3
dependentes de renda [4.52 (IC95% 1.07-22.8), p≤ 0.049] e ≥ 5 anos de tempo de atuação na IES
[0.17 (IC95% 0.03-0.78), p≤ 0.036]. A gordura corporal [8.4 (IC95% 3.69-13.3), p≤ 0.001], razão
cintura-quadril [4.31 (IC95% 4.05-7.75), p≤ 0.001] e o peso [15.3 (IC95% 3.36-20.1), p≤ 0.001]
elevados, também aumentou a chance de risco metabólico. Conclusão: As mulheres são mais
susceptíveis a ter algum Transtorno Mental Comum. Gordura corporal aumentado, bem como aqueles
com risco metabólico elevado têm maior vulnerabilidade de saúde. Os achados apontam que os
trabalhadores universitários necessitam ser incentivados a adotar práticas de autocuidado que
favoreçam melhorar sua condição de saúde. A Instituição de Ensino Superior, que é engajada no
Movimento das Universidade Promotoras de Saúde contribui para que o ambiente laboral ofereça
melhores condições de bem-estar físico e mental para a comunidade acadêmica. |