"E continuamos a ser escravos na nossa própria terra" - A reprodução subordinada dos quilombolas do rio trombetas ao capital-trabalho e as transformações no território

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva

Autor principal: Corrêa, Silvia da Silva
Outros Autores: Silva, Ricardo Gilson da Costa
Publicado em: 2017
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Acesso em linha: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1562
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spelling oai:localhost:123456789-15622018-10-29T19:10:54Z "E continuamos a ser escravos na nossa própria terra" - A reprodução subordinada dos quilombolas do rio trombetas ao capital-trabalho e as transformações no território Corrêa, Silvia da Silva Silva, Ricardo Gilson da Costa Quilombolas Mineração Território Trabalho Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva Analisar as formas de inserção de grupos tradicionais quilombolas do interior da Amazônia paraense, no mundo do trabalho para o capital e as transformações no território, é o centro de nossa investigação geográfica. A área que correspondeu a pesquisa compreende o Rio Trombetas, no Município de Oriximiná (PA), que abriga em seu território 35 comunidades remanescentes de quilombos, sendo escolhida como recorte espacial a Comunidade Quilombola Boa Vista, que vem ao longo dos anos passando por um metabolismo social e transformações em seu território, engendrados pela territorialização do capital mineral a partir da década de 1970. Partindo-se da discussão acerca do conceito de território e trabalho, buscou-se analisar as determinações do mundo do trabalho para o capital, e os processos regulatórios que subordinam a força de trabalho de grupos tradicionais ao seu processo de (re)produção. A pesquisa ocorreu a partir de levantamento bibliográfico, documental e do trabalho de campo, realizado dentro de uma abordagem qualitativa, fundamentada no método materialismo histórico dialético. Buscando, assim, compreender a lógica contraditória que envolve a relação capital-trabalho, evidenciada pela superexploração e subordinação do território e da força de trabalho. Dessa forma, a pesquisa permitiu constatar que, amparados no discurso do emprego, “desenvolvimento” e nas fragilidades empregatícias da região, o capital mineral tem promovido profundas transformações na base territorial e nas relações de trabalho dos quilombolas, já que este ao se territorializar em terras tradicionalmente ocupadas, promove a separação dos quilombolas dos seus meios de produção e viabiliza relações de trabalho cada vez mais precárias e degradantes, no sentido de aumentar o controle social do território e legitimar suas ações de dominação. Em contrapartida, força os trabalhadores quilombolas a buscar meios de resistir e lutar para superar a trama de relações que envolve o julgo do capital-trabalho, sendo este o grande dilema dos quilombolas e da classe trabalhadora. 2017-04-25T17:54:14Z 2017-04-25T17:54:14Z 2016 http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1562
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