A Bacia sedimentar do Amazonas constitui uma unidade sedimentar intracratônica, sendo preenchida principalmente por uma megassequência Paleozóica, que inclui quatro sequências de segunda ordem: Sequência Ordovício-Devoniana, Sequência Devono-Toirnaisiana, Sequência Neoviseana e Sequência Pensilvaniano-Permiana (Cunha et al., 2007). Destas, apenas a Sequência Ordovício-Devoniana aflora na região de Presidente Figueiredo, borda norte da Bacia do Amazonas, sendo constituída Grupo Trombetas. De acordo com a Carta Estratigráfica da Bacia do Amazonas (Cunha et al., 2007), este grupo inclui as formações Autás-Mirim, Nhamundá, Pitinga, Manacapuru e Jatapu.
Na região de Presidente Figueiredo aflora apenas parte do Grupo Trombetas (formações Nhamundá, Pitinga, Manacapuru), com excelentes afloramentos ao longo das estradas, cavernas e cachoeiras. A Formação Nhamundá, datada do Siluriano Inferior, é a unidade geológica mais expressiva nesta região, sendo constituída principalmente por arenitos, com folhelhos, siltitos e diamictitos subordinados. Nesta formação, Soares et al. (2005) individualizou nove fácies sedimentares características de ambiente litorâneo com influência glacial, que foram agrupadas em dois conjuntos denominados de fácies não-deformadas e deformadas. As fácies não deformadas compreendem arenitos finos a grossos com estratificação e laminação plano-paralela, estratificação cruzada tabular, estratificação cruzada hummocky e acamamento maciço, depositadas em ambientes de foreshore a shoreface. As fácies deformadas são compostas de arenitos e diamictitos com estruturas de deformação. Portanto, é proposto neste Projeto de PIBIC o detalhamento dos aspectos granulométricos e morfológicos das fácies sedimentares da Formação Nhamunda, visando uma melhor definição das condições de sedimentação e processos sedimentares.
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