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Relatório de Pesquisa
Estudo de extratos de flores de plantas da região Amazônica contendo antocianinas para uso como indicadores naturais de pH
Indicadores visuais são substâncias capazes de mudar de cor dependendo das características físico-químicas da solução na qual estão contidos, em função de diversos fatores, tais como pH, potencial elétrico e outros. Os indicadores ácido-base ou indicadores de pH são substâncias orgânicas fracamente...
Autor principal: | Ananda da Silva Antonio |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2099 |
Resumo: |
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Indicadores visuais são substâncias capazes de mudar de cor dependendo das características físico-químicas da solução na qual estão contidos, em função de diversos fatores, tais como pH, potencial elétrico e outros. Os indicadores ácido-base ou indicadores de pH são substâncias orgânicas fracamente ácidas ou fracamente básicas que apresentam cores diferentes para suas formas protonadas e desprotonadas, ou seja, mudam de cor em função do pH.
É prática antiga o uso de extratos de tecidos vegetais como indicadores de pH, no entanto somente no início do século XX Willstätter e Robinson relacionaram uma classe de substâncias químicas conhecidas como antocianinas - pigmentos responsáveis pela coloração de diversas flores - e que seus extratos apresentavam cores que variavam em função da acidez ou alcalinidade do meio.
As antocianinas são compostos derivados das antocianidinas e conferem coloração azul ou vermelha aos tecidos vegetais. A propriedade das antocianinas apresentarem cores diferentes, dependendo do pH em que se encontram, faz com que esses pigmentos possam ser usados como indicadores naturais de pH.
O uso de corantes naturais no ensino médio e superior, principalmente de química geral e analítica, tem sido proposto frequentemente. As principais vantagens são relacionadas com a atração do interesse dos estudantes para o assunto abordado, devido à coloração de espécies químicas contidas nos tecidos vegetais e suas mudanças de cor em função do pH. Soma-se isso ao fato de usar algo presente no cotidiano dos estudantes para esta finalidade, ligando a química ao seu dia-a-dia. Dessa forma, a utilização de extratos naturais de indicadores de pH pode ser explorada didadicamente, desde a etapa de obtenção até a caracterização visual e/ou espectrofotométrica das diferentes formas que aparecem em função das mudanças de pH do meio. Podem ser elaboradas atividades experimentais para o ensino de Química no nível médio, e depois de certas alterações, a proposta pode ser adaptada e tornar-se adequada para o desenvolvimento de atividades para o ensino superior.
As perspectivas de trabalho pedagógico que podem ser desenvolvidas com a utilização desses extratos em atividades didáticas representam uma importante ferramenta para fortalecer a articulação da teoria em química com a prática. Isto é bastante desejável por favorecer o sucesso do processo de ensino/aprendizagem, o que nem sempre é tarefa trivial, principalmente quando o tema é a Química.
Temos ao nosso redor uma grande diversidade de espécies vegetais que ainda não foram estudadas. Conhecer as propriedades e reatividade dessas plantas, e nesse projeto em particular, avaliar o emprego de extratos de flores da Floresta Amazônica como indicadores visuais, mostra-se como um desafio inovador. É necessário que sejam desenvolvidos projetos que busquem agregar inovação tecnológica, mas ao mesmo tempo não perder de vista que devemos conhecer o potencial de nossa floresta. |