Relatório de Pesquisa

Fatores determinantes para a transmissão vertical do HIV no ciclo gravídico-puerperal em Maternidade Referência de Manaus

Desde o seu reconhecimento como entidade clínica, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) vem impondo contínuos desafios aos obstetras e neonatologistas de todo o mundo. A transmissão vertical do HIV é desafio na saúde pública e tem sido enfrentado pelas políticas de saúde do país. Nesse âmb...

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Autor principal: Bruno Rainer Borges Bacelar
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2210
Resumo:
Desde o seu reconhecimento como entidade clínica, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) vem impondo contínuos desafios aos obstetras e neonatologistas de todo o mundo. A transmissão vertical do HIV é desafio na saúde pública e tem sido enfrentado pelas políticas de saúde do país. Nesse âmbito, o Brasil vem adotando, em sua política de prevenção e controle da epidemia de AIDS, recomendações para controlar a doença materna e, conseqüentemente, reduzir a transmissão vertical do HIV. A maior parte dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65%) ocorre durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito e os 35% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimas semanas de gestação e através do aleitamento materno. A faixa etária que concentra os maiores percentuais de casos de AIDS em mulheres é a de 25 a 34 anos, levando ao aumento da transmissão vertical, pois estão em plena idade reprodutiva. A patogênese da transmissão vertical do HIV está relacionada a múltiplos fatores. Entre estes destacam-se: Fatores virais, maternos, obstétricos, inerentes aos recém-nascidos, anexiais e pós-natais. A carga viral elevada e a ruptura prolongada das membranas amnióticas são reconhecidas como os principais fatores associados à transmissão vertical do HIV. A região Norte possui a mais elevada taxa de transmissão vertical do HIV, 13,8%, superando a média nacional de 8,5%. Dados referentes especificamente ao estado do Amazonas são escassos principalmente em relação às maternidades públicas. Este trabalho tem como objetivo identificar os principais determinantes para a transmissão vertical do HIV bem como contribuir para a melhoria da qualidade na atenção destas mulheres e recém-nascidos, resultando em uma redução das taxas de transmissão vertical do HIV como um problema de saúde pública. Trata-se de estudo retrospectivo de análise de prontuários em busca das características gestacionais e perinatais de crianças infectadas pelo HIV na Maternidade de Referência Ana Braga. As informações registradas incluem: dados sócio-demográficos; dados do pré-natal; categoria de exposição materna ao HIV; condição clínica e imunológica materna; uso de AZT pela mãe (na gravidez ou parto); tempo de ruptura de bolsa; tipo de parto; idade gestacional pelo método de Capurro (avaliação pelo exame clínico e neurológico do recém-nascido nas primeiras seis horas de vida); peso do recém-nato ao nascimento; uso de AZT xarope pelo bebê (nas primeiras 24 horas de vida); aleitamento materno.