Este projeto de pesquisa visa analisar a origem, prática educativa e evolução do Movimento de Educação de Base (MEB) em Itacoatiara-AM, no período de 1988 a 1998. O MEB foi criado pela Igreja Católica no início de 1961, através da Conferência Nacional de Bispos no Brasil (CNBB) com objetivo de desenvolver um programa de educação popular (de base) por meio de escolas radiofônicas, especificamente nas zonas rurais subdesenvolvidas das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país, expandindo-se posteriormente para outras regiões de acordo com o decreto 52267/63. Assim, a presente proposta de pesquisa trata de interpretar a evolução do Movimento de Educação de Base (MEB) em Itacoatiara, não como um dado , mas como um problema , por isto o estudo será norteado pelas seguintes questões: por que foi criado o MEB em Itacoatiara? Para quem? Para que? Que forças sociais personificadas na figura política de Dom Jorge Marskell foram responsáveis pela criação e desenvolvimento do MEB em Itacoatiara? Quais eram as práticas pedagógicas do MEB no período de 1988 a 1998?; Houve redefinições no projeto político-pedagógico do MEB em Itacoatiara se comparadas a Regional MEB Tefé? Em caso positivo, quais foram às redefinições? Conta-se com uma gama de fontes impressas como relatórios, regulamentos, diário pessoal, fotografias, entre outros documentos produzidos pelo próprio Movimento de Educação de Base. Estas fontes documentais estão localizadas no Acervo Documental da Prelazia de Itacoatiara e de Tefé. O estudo se pautará também no levantamento bibliográfico que busque historiar o MEB, desde a sua fundação a fim de contextualizá-lo nos níveis regional, estadual e nacional. Cabe, ainda, ressaltar que, é praticamente impossível desenvolver um estudo histórico sem a fundamentação em um ou mais pressupostos que direcionem a reconstrução do objeto em estudo. Assim, pode-se afirmar que três preocupações teórico-metodológicas orientarão a pesquisa. A primeira ocupa-se das relações entre educação e trabalho (NOSELLA & BUFFA, 2000); a segunda refere-se ao trato com o documento conforme orientações de SCHAFF (1978); já a terceira característica da metodologia adotada diz respeito à escrita da história numa perspectiva interpretativa, não apenas factual (não laudatória).
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