O controle de doenças de plantas não é totalmente eficiente, uma vez que o patógeno penetra no tecido vascular da planta. Os insumos químicos também têm causado impactos negativos nos mais diferentes compartimentos dos ecossistemas, representados por contaminação das águas, resíduos químicos no solo, efeitos nos microrganismos, danos à saúde humana e dificuldades da ciclagem de resíduos químicos em ambientes protegidos. Os métodos de controle de doenças de plantas utilizados vêm sendo aperfeiçoados com o objetivo de assegurar o uso correto e racional de produtos químicos, bem como, garantir a rentabilidade da atividade ao agricultor e diminuir os riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Sendo assim, o controle biológico se constitui em demanda atual e de alta importância para viabilizar a substituição dos agroquímicos. Uma alternativa para o controle de fitopatógenos é o uso de microrganismos antagonistas, os quais oferecem potencialmente respostas para muitos problemas enfrentados na agricultura. O gênero Trichoderma é um dos fungos antagonistas mais estudados, exibindo considerável variabilidade entre as linhagens com relação à atividade de biocontrole, espectro de ação contra os hospedeiros, propriedades fisiológicas e bioquímicas, como também, adaptabilidade ecológica e ambiental. Além disso, agentes potenciais de biocontrole pertencentes ao gênero Trichoderma podem ser isolados dos ambientes naturais dos patógenos, ou seja, de solos ou de plantas. Algumas espécies de Trichoderma têm sido estudadas com relação à sua capacidade competitiva com fungos fitopatogênicos, devido a sua rápida taxa de crescimento micelial e a um antagonismo direto, envolvendo enrolamento de hifas e penetração, com secreção de antibióticos deletérios ao hospedeiro. Daí esse trabalho ter como objetivo avaliar os efeitos antagônicos do Trichoderma spp. sobre o fungo fitopatogênico, Colletotrichum guaranicola.
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