O descarte de águas residuárias não tratadas provenientes de atividades industriais e de mineração constitui-se em uma das principais fontes de metais pesados nos recursos hídricos. Inúmeras pesquisas demonstram que a adsorção remove satisfatoriamente íons metálicos de solução aquosa. Por esse motivo, que tecnologias como a adsorção estão sendo aprimoradas em busca de novos materiais adsorventes, sobretudo, com menores custos como os resíduos agroindustriais (casca de ovos, casca de arroz, etc), os quais se tornam viáveis para municípios como Humaitá. A cidade destaca-se pelas altas concentrações de mercúrio (Hg) no Rio Madeira gerada pela rudimentar extração mineral nessa região. Diante disso, o objetivo deste trabalho consiste em investigar a viabilidade do uso da casca do maracujá como adsorvente de baixo custo previamente tratado para a remoção de metais potencialmente tóxicos em solução aquosa. Esse material será submetido à secagem, trituração para aumentar a superfície de contato, tratamento de ativação com soluções de ácido clorídrico, ácido nítrico, ácido fosfórico, hidróxido de sódio, peróxido de hidrogênio e solução tampão de acetato de sódio (CH3COONa) e ácido acético glacial (CH3COOH) em pH 5. O sistema de adsorção em batelada será estudado, sendo avaliados a capacidade de adsorção, o efeito da granulometria, a variação da massa do adsorvente, a cinética de adsorção e o efeito do pH. Os resultados serão analisados e espera-se que indiquem a aplicação desse novo material para remoção de metais pesados em solução aquosa; uma rota econômica que minimize a contaminação ambiental.
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