Filizola (2002), afirma que as cheias na Amazônia Brasileira, apesar de serem de grande amplitude, apresentam variedade regional de 2 a quase 20 metros. As secas, no entanto, que também são registradas na região apresentam uma persistência e intensidade menor. De acordo com as caracteristicas da bacia Amazônica, as respostas dos eventos são lentas.
Eventos extremos como as secas dos anos de 2005 e 2010 e as cheias dos anos 2006 e 2009, ocasionaram danos socioeconômicos marcantes em toda a calha do Rio Amazonas. Percebe-se que tais eventos extremos estão ocorrendo em um intervalo de tempo cada vez menor. Algumas ações humanas tidas como nocivas ao meio ambiente, são conseqüência do modo de ocupação da Região Hidrográfica Amazônica. Podemos exemplificar através dos meios de transporte de cargas e passageiros, realizados em especial pelos rios. Apesar das grandes distâncias ainda encontradas, esse cenário está ganhando novas roupagens com a abertura de estradas e maiores facilidades aéreas. Esses fatores mostram mudanças na distribuição populacional, tendo os rios um caráter menos determinista. Sendo assim, ficam os questionamentos sobre quais são esses impactos sociais e econômicos que, afetam de forma significativa a cidade de Óbidos-PA vinculados a eventos hidrológicos extremos diante de um contexto das mudanças de origem antrópica. O presente projeto de pesquisa pretende buscar um maior entendimento para essa temática de estudo. Tentará investigar sobre os reais impactos (socioeconômicos e quanto às demandas no âmbito das atividades de defesa civil) ocasionados na cidade de Óbidos decorrentes de eventos hidrológicos extremos, bem como conhecer e avaliar as iniciativas locais e/ou estaduais, porventura existentes, quanto à prevenção e remediação.
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