A mucosite, inflamação e ulceração da mucosa, é uma freqüente complicação oral decorrente do tratamento quimioterápico utilizado em doenças onco-hematológicas. Clinicamente, caracteriza-se por atrofia epitelial, edema e eritema seguido de ulcerações múltiplas e extensas, e descamação que pode acometer toda a mucosa oral causando dor, odinofagia, disfagia, disgeusia, levando ao quadro de má nutrição e desidratação. As doenças malignas do sangue, como a leucemia, linfoma e mieloma, por si mesmas causadoras de supressão da medula óssea, estão freqüentemente associadas à mucosite, sobretudo quando agentes quimioterápicos são utilizados. As ulcerações observadas na mucosite aumentam o risco de infecção local e sistêmica, interferem e/ou interrompem o tratamento citotóxico, diminuindo a qualidade de vida do paciente. Adicionalmente aumentam o período de hospitalização e os custos financeiros do tratamento. O diagnóstico e o manejo da mucosite oral são de competência, sobretudo, do cirurgião-dentista. Baseado no exposto, este projeto tem por objetivo avaliar clinicamente a mucosite oral pós-quimioterapia em pacientes portadores de doenças onco-hematológicas atendidos na Fundação de Hematologia e Hematoterapia do Amazonas (HEMOAM), como continuidade ao trabalho que vem sendo realizado desde agosto de 2010.
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