Entre as riquezas que povoam a região Amazônica, encontra-se um grande número de espécies vegetais, cujos frutos encerram quantidade apreciável de óleo (ZANINETTI, R.A.; 2009). Entre eles destaca-se o tucumã do Amazonas (Astrocaryum aculeatum), uma espécie de palmeira que produz um fruto muito apreciado na região, a partir do qual se obtém uma amêndoa com alto teor de óleo. Esta espécie de palmeira possui distribuição restrita à Amazônia Colombiana, Venezuela, Guianas e Brasil (Amazonas, Pará e Rondônia). O tucumã já possui diversas finalidades, predominando o uso na culinária e, em alguns casos, produção de biodiesel e biojóias. O óleo de tucumã extraído da polpa é rico em ômega 3, 6 e 9, comporta-se como um excelente hidratante sendo empregado em produtos cosméticos para a hidratação da pele, loções corporais e produtos capilares para cabelos danificados. É também um excelente emoliente que apresenta alto poder de espalhabilidade. Da amêndoa do tucumã extrai-se, um óleo cujos ácidos graxos que compõem os triglicerídios são 90 % saturados e de cadeias carbônicas médias e curtas (C8-14). Essas características moleculares do óleo, o alto rendimento em óleo, o alto consumo da polpa e o descarte do caroço como lixo, favorecem a utilização da amêndoa do tucumã para a obtenção do óleo e produção de cosméticos.
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