As Moraceae incluem aproximadamente 53 gêneros e 1.500 espécies, predominantemente tropicais e subtropicais, estando representada, no Brasil, por 27 gêneros com cerca de 250 espécies incluindo árvores, arbustos, ervas ou lianas, geralmente latescentes. No Brasil, são encontrados cerca de 30% dos, concentrados na floresta amazônica, onde ocorre a maioria das espécies. Algumas espécies apresentam importância econômica e comercial, destacando principalmente as espécies usadas na alimentação como: Morus L. (amora), Artocarpus J.R.Forst. & G.Forst. (jaca e fruta-pão) e Brosimum Sw. (mama-cadela). Muitas das espécies fornecem madeira Maclura Nutt. (tatajuba) para fazer mourão de cerca e Brosimum Sw. (mama-cadela) na fabricação de cabos de ferramentas. Clarisia racemosa Ruiz & Pav. foi incluída na lista das 100 espécies mais comercializadas no Brasil em 2008 e 2009. Apesar das várias instituições de pesquisa na área da Botânica e do grande número de trabalhos sobre a vegetação brasileira, poucos levantamentos florísticos foram realizados para as Moraceae no Brasil. As flores unissexuadas e reduzidas, associadas a limites taxonômicos confusos e ampla variação morfológica de muitas espécies tornam a sistemática de Moraceae complexa, exigindo grande esforço de campo e mais revisões taxonômicas. Sendo assim, reconhecer os gêneros e as espécies de Moraceae ocorrentes na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, visando apontar as características diagnósticas e seus usos é o principal objetivo deste trabalho. Para tanto, serão realizadas coletas periódicas na Reserva e os espécimes coletados serão analisados detalhadamente em relação aos caracteres vegetativos e reprodutivos sob estereomicroscópio e suas dimensões mensuradas com auxílio de um paquímetro. Ao final serão elaboradas chaves analíticas para determinação das espécies e descrições detalhadas e padronizadas (usando o programa Delta).
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