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Relatório de Pesquisa
A família Sapotaceae Juss. na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé: Manaus-AM
A floresta Amazônica é caracterizada por alta diversidade biológica, mas ainda pouco se sabe sobre as espécies que a compõem e suas relações filogenéticas. Muitas áreas nunca foram coletadas botanicamente, espécies novas ainda estão sendo descobertas e não existem meios práticos para a identifica...
Autor principal: | João Paulo Martins de Souza |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4433 |
Resumo: |
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A floresta Amazônica é caracterizada por alta diversidade biológica, mas ainda pouco se sabe
sobre as espécies que a compõem e suas relações filogenéticas. Muitas áreas nunca foram
coletadas botanicamente, espécies novas ainda estão sendo descobertas e não existem meios
práticos para a identificação das espécies. A riqueza de espécies é tanta que em apenas um
hectare de terra-firme na Amazônia é possível encontrar entre 155 a 287 espécies arbóreas,
contudo esta flora ainda é praticamente desconhecida. Desta forma o presente estudo tem como
objetivo investigar a existência de gêneros e espécies da família Sapotaceae na RDS do Tupé,
uma área de conservação que abriga dois ambientes distintos do ponto de vista florístico: terrafirme
e igapó. A família Sapotaceae é economicamente importante pois alguns de seus gêneros
como acontece com Palaquium (guta-percha) e Manilkara zapota (do qual se obtém o chiclete,
para a goma de mascar), frutos comestíveis; Manilkara zapota (sapoti), Pouteria mammosa,
Pouteria campechiana e Chrysophyllum cainito (cainito roxo), e muitos outros gêneros são
importantes como fonte de madeira e ornamentais, incluindo Chrysoplyllum (aguaí), Manilkara,
Mimusops e Sideroxylon. É uma família predominantemente de planície florestal úmida, apesar
de alguns gêneros também ocorrerem nas savanas na Guayana Highland (Ecclinusa) e em zonas
semiáridas do América Central e das Antilhas (Sideroxylon). A pesquisa de campo será feita por
meio de caminhadas em todas as trilhas das comunidades do São João do Tupé e Julião, que
abrange dois tipos de ambientes encontrados na RDS, terra-firme e igapó. Sempre que uma
espécie for encontrada em estádio reprodutivo, um novo espécime será coletado. Todo material
coletado será devidamente prensado em campo e posteriormente seco em estufa a 60°C por 48
horas. As coletas serão fotografadas e partes dos órgãos reprodutivos serão conservadas em
álcool 70% para posterior observação em laboratório. Além das coletas realizadas, será utilizado
o acervo do projeto Biotupé e quando necessário material complementar será solicitado do
herbário INPA. A identificação será feita através de literatura especializada e por comparação
com material do herbário HUAM (UFAM) e do herbário INPA. A descrição será feita no programa
Delta (Description Language for Taxonomy) que consiste de um formato flexível para a
codificação de descrições taxonômicas e um conjunto de programas para o manejo e organização
da informação taxonômica, como construção de chaves dicotômicas, produção de descrições em
linguagem natural e identificação interativa, adequados para um uso em Sistemática Biológica e
preparação de matrizes de dados para análises fenéticas e cladísticas, e recuperação de
informações. Com as coletas do presente estudo mais dois ambientes amazônicos estarão sendo
cobertos para aumentar as coletas desta espécie bem como definir as posições dos táxons encontrados. |