Busca-se atualmente fontes de energia que não causem danos ao meio ambiente, neste contexto a energia cinética do escoamento da água nos rios, correntes de maré ou outros canais de água artificiais são considerados fontes viáveis de energia limpa [1 e 2]. Embora os sistemas de conversão hidrocinéticos ainda estejam em fase de desenvolvimento, apresentam-se promissores para geração de energia limpa sem impactos ambientais.
A energia cinética da água de um rio pode ser transformada em energia elétrica através de um conversor de energia eletromecânico (CEE). Para tanto, pode-se empregar uma turbina que utiliza o fluxo natural do rio para movimentar o rotor gerador (Sistema de Conversão de Energia pela Corrente do Rio SCECR). O SCECR pode ser construído apenas com rotor livre como parte de um sistema de canal aumentado, proporcionando uma alternativa eficaz para a geração de energia sem a necessidade de alagamento de grandes áreas (no caso da região, grandes áreas de floresta nativa), como é o caso das hidroelétricas instaladas no Brasil que utilizam grandes barragens e sem a emissão de gases de efeito estufa (CO2) como ocorre nas termoelétricas [2].
Propõem-se a utilização de turbinas geradoras subaquáticas para geração de energia elétrica sem a necessidade de grandes investimentos na construção de barragens, minimizando assim os danos ambientais com as represas formadas. As turbinas subaquáticas são baratas e podem ser facilmente fixadas no fundo do rio e, no caso do Rio Amazonas, podem apresentar grande eficiência na produção de energia elétrica devido a enorme vazão do rio. A esses benefícios são ainda somados a produção de energia limpa sem danos ambientais e, praticamente, sem nenhuma interferência no bioma do rio e da floreta.
Esse estudo é de grande importância regional devido à necessidade de monitoramento do rio. Para o Rio Amazonas esta avaliação torna-se ainda mais relevante devido a constante mudança de seu leito pela grande quantidade de sedimentos transportados pelo rio e pelas regiões alagáveis durante o período de cheia.
Portanto, essa avaliação do potencial hidrocinético tornar possível o desenvolvimento futuro de um sistema gerador para abastecimento de comunidades ribeirinhas isoladas ou mesmo contribuindo para o abastecimento de cidades próximas a rios caudalosos. Essa avaliação será possível a parti do levantamento de dados referentes à distribuição de velocidades das águas do Rio Amazonas próximo a Itacoatiara com monitoramento no decorrer do ano, avaliando a vazão do rio nas épocas de seca até a cheia.
|
