Este projeto propõe uma pesquisa sobre a prática de reportagem, tal como ela é caracterizada em paratextos de livros-reportagem publicados no Brasil. Nos enunciados típicos do gênero livro-reportagem, é comum a utilização de paratextos para relatar e ou comentar o processo de trabalho que deu origem ao texto publicado. É comum verificar, seja em introduções, apresentações, prefácios, agradecimentos, explicações, pósfácios ou prólogos, dentre outros elementos paratextuais, informações acerca dos trabalhos de reportagem realizados pelos autores. A proposta deste projeto é, portanto, abordar os elementos paratextuais de um conjunto de livros-reportagem publicados no Brasil, visando a compreender a maneira como a prática de reportagem é caracterizada em tais paratextos. Define-se assim o problema que norteará a pesquisa proposta: Como a prática de reportagem é caracterizada em elementos paratextuais de livros-reportagem publicados no Brasil? Em correspondência a tal problema, define-se como objetivo geral da pesquisa verificar como a prática de reportagem é caracterizada em elementos paratextuais de livros-reportagem publicados no Brasil. Pretende-se atingir este objetivo geral mediante o cumprimento dos seguintes objetivos específicos: 1. Verificar quais critérios o repórter usa para escolher seu tema; 2. Identificar como o autor elabora, constrói e aprofunda seu conhecimento sobre o assunto trabalhado; 3. Identificar como o jornalista relata seu processo de interação com as fontes de informação; 4. Verificar o estatuto epistemológico que o jornalista atribui ao trabalho de reportagem. O referencial teórico-metodológico deste projeto consiste na concepção dialógica da linguagem, tal como ela é proposta pelo grupo de estudiosos como Círculo de Bakhtin.
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