As hialuronidases são enzimas que catalisam a quebra do ácido hialurônico, participando de diversos processos biológicos, como fagocitose, mitose, desenvolvimento e implantação de embriões, adesão, migração, proliferação, e diferenciação celular, e por estarem envolvidas em inúmeros processos relativos à manutenção e integridade da matrix extracelular, encontraram aplicabilidade em especialidades médicas. Estas enzimas são produzidas por diversos seres vivos, entre eles bactérias e fungos, e estão presentes em nematóides e sanguessugas, secreções de bacteriófagos e outros vírus, tumores malignos, parasitos, crustáceos, lisossomas, esperma de mamíferos, venenos e peçonhas de animais pertencentes a diferentes famílias. No corpo humano as hialuronidases são encontradas tanto em órgãos, como, por exemplo, no baço, fígado, olhos, pele, rim e útero, como em fluidos corporais, tais como lágrimas, sangue e esperma. Além de ser um fator de dispersão de toxinas, as Hialuronidases atuam também como alérgeno, como é o caso da hialuronidase presente na peçonha de himenópteros, sendo encontrada como principal fator de reações alérgicas presente em peçonha de abelhas e de vespas. As hialuronidases possuem uma grande aplicabilidade, alem de estar presente em todos os organismos do reino animal, inclusive por procariontes e eucariontes. O objetivo deste estudo é caracterizar microrganismos produtores da enzima Hialuronidase, isolados das aranhas caranguejeiras Avicularia avicularia e Maraca horrida, mesmo o veneno destes animais serem inócuos contra mamíferos, apresentam um grau de proteólise tecidual e são as fontes dos microrganismo testados, nunca testados para a produção de hialuronidase, tornando este estudo de grande importância na ecologia de microrganismos.
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