O Bioma Amazônico é considerado o maior reservatório natural da diversidade vegetal do planeta com pelo menos 40.000 espécies, incluindo as da família Annonaceae, cuja importância medicinal e química pode ser exemplificada pelas plantas do gênero Unonopsis utilizadas para o tratamento de demência senil, artrites, bronquites, reumatismo, diarreia, malária e picadas de cobras. Este gênero é uma fonte promissora de alcaloides aporfínicos e derivados, principalmente os oxoaporfínicos, azafluorenonas, fenantrênicos e bisaporfínicos, cujas atividades reportadas incluem: antifúngica, antinflamatória, antiviral, antioxidante, antimicrobiana e citotóxica. A U. stipitata é uma espécie encontrada na Região Amazônica internacional quase desconhecida quimicamente. Há mais de três décadas um único relato atribuiu a esta espécie os alcalóides fenantrênicos, stipitatina, argentinina e thalicthuberina. O projeto justifica-se portanto por ser a U. stipitata uma espécie que apresenta não só um potencial biológico interessante, como uma carência de dados no que diz respeito ao seu conhecimento fitoquímico. Pretende-se contribuir com o conhecimento fitoquímico do gênero Unonopsis através de análises por ESI-IT-MSn e LC-DAD-APCI-MS da fração alcaloídica das folhas de U. stipitata. Também serão feitos isolamentos e caracterizações de algumas substâncias da planta através de técnicas cromatográficas e espectroscópicas. No futuro, pretende-se avaliar o potencial da fração alcaloídica, bem como das substâncias isoladas, para o tratamento de doenças cognitivas, como é o caso da Doença de Alzheimer (DA).
|
