O conhecimento da anatomia das vias biliares extra-hepáticas e de suas variações é de extrema importância para a realização de procedimentos cirúrgicos, e para o manejo de pacientes portadores de doenças do trato biliar (COELHO et al., 2005a).
Anatomicamente as vias biliares extra-hepáticas são formadas pelo ducto hepático comum, que resulta da confluência dos ductos hepáticos direito e esquerdo, pela vesícula biliar, e pelo ducto cístico, que une a vesícula biliar ao ducto hepático comum, quando este passa a se chamar ducto colédoco (GARDNER et al. 1984). O ducto hepático comum encontra-se em situação extra-hepática em toda a sua extensão, possui comprimento médio de 2 a 4 cm com diâmetro de 8 mm (COELHO et al., 2005a).
Além da relevância do conhecimento dos dados anatômicos até aqui apresentados, observam-se um grande número de variações anatômicas das vias biliares, o que representa um desafio aos cirurgiões que se deparam com elas.
Os procedimentos cirúrgicos realizados sobre as vias biliares extra-hepáticas pela via convencional, ou pelo acesso laparoscópico, relacionam-se com frequência ao tratamento da doença litiásica biliar (SANTOS, et al. 2008). De acordo com esses autores, a prevalência de cálculos biliares em adultos, estimada por meio de estudos epidemiológicos em necropsia, e investigação clínica, varia de 15 a 20%.
O presente estudo pretende identificar as variações anatômicas mais comuns das estruturas que compõem as vias biliares extra-hepáticas, em dissecções de indivíduos necropsiados no Instituto Médico Legal (IML) de Manaus-AM.
Trata-se de um estudo prospectivo descritivo, tipo detecção de caso, que objetiva verificar a presença de variações anatômicas nas vias biliares extra-hepáticas, em indivíduos necropsiados no Instituto Médico-Legal, Dr. Antônio Hosanah de Souza Filho, da cidade de Manaus-AM.
O software a ser utilizado na análise será o programa Epi-Info versão 7 para Windows, desenvolvido e distribuído gratuitamente pelo Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos (CDC, 2012). O nível de significância fixado nos testes será de 5%.
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