A evolução do conhecimento geológico da Amazônia experimentou importantes avanços nos últimos anos, porém ainda há muitas lacunas geológicas a serem elucidadas até que o arcabouço estratigráfico da bacia seja plenamente compreendido, o que se deve tanto a fatores como dificuldades naturais de acesso aos afloramentos (e. g., grandes distâncias, carência de estradas, densa rede de drenagem, vasta cobertura vegetal característica da região, etc.); quanto à carência, ainda premente, de estudos voltados à caracterização e a elucidação da história deposicional das unidades litoestratigráficas que compõem a bacia. Nesse contexto, as sequências carbonáticas são provavelmente as menos estudadas e conhecidas, particularmente no que se refere aos depósitos que afloram na borda norte da bacia, onde pouquíssimos estudos foram desenvolvidos, tanto que, até o momento, seu posicionamento estratigráfico ainda não está bem definido, pois nem mesmo datações de baixa resolução são conhecidas para estes depósitos. Por outro lado, sabe-se que a região abriga exposições de grande extensão e magnitude, que em sua grande maioria nunca foram objeto de estudos geológicos de cunho científico-acadêmico, sobretudo aqueles de livre acesso, de modo que, pouco se sabe sobre a gênese e a formação destas sucessões carbonáticas, embora constituam hoje um recurso natural amplamente explorado no Amazonas, que possivelmente poderá representar a principal fonte de fabricação e fornecimento de cimento para o Estado, além de seu reconhecido valor no atendimento da demanda por insumo dos produtores agrícolas e pecuaristas da zona rural de Manaus e dos demais municípios da Região Metropolitana, de acordo com a análise realizada pelo Grupo de Trabalho de Insumos Agrominerais, por meio da Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH).
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