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Relatório de Pesquisa
Avaliação preliminar de atividades biológicas dos produtos meliponídeos da espécie Friseomellita varia (Moça Branca) de produtores rurais de Itacoatiara, AM.
O Brasil apresenta a maior biodiversidade vegetal do mundo. Conforme o local onde vive, a abelha sem ferrão, da família dos Meliponíneos, é responsável por 40 % a 90 % da polinização das árvores nativas. Por isso, possuem importante função na formação e manutenção das florestas contribuindo também p...
Autor principal: | Luís Eduardo Leitão Amazonas |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5111 |
Resumo: |
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O Brasil apresenta a maior biodiversidade vegetal do mundo. Conforme o local onde vive, a abelha sem ferrão, da família dos Meliponíneos, é responsável por 40 % a 90 % da polinização das árvores nativas. Por isso, possuem importante função na formação e manutenção das florestas contribuindo também para manter a biodiversidade de plantas e animais que vivem na várzea. Hoje, estimasse que cerca de 80 % da alimentação humana depende direta ou indiretamente de plantas polinizadoras ou beneficiadas pela polinização animal. Existem no mundo cerca de 20 mil espécies de abelhas. Entre as que formam colônias, de 300 a 400 espécies não possuem ferrão. Cerca de 200 espécies de abelhas sem ferrão vivem no Brasil, especialmente na região amazônica. O que justifica o fato de ser a Amazônia conhecida como o berço mundial das abelhas sem ferrão. O mel de abelha é conhecido há milênios pelas primeiras civilizações por suas propriedades anticépticas. Estudos atuais apontam um amplo espectro de atividades, confirmando seu uso na medicina tradicional, contra diversos tipos de infecções bacterianas como Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis. Desta forma, o mel tem sido identificado como uma potencial alternativa ao uso generalizado de antibióticos, que são de preocupação significativa considerando o surgimento de bactérias resistentes. Do ponto de vista social, a produção de mel e produtos derivados de abelhas sem ferrão proporciona o desenvolvimento de uma cadeia produtiva pautada na agricultura familiar. Bem como, cria postos de trabalho capazes de fixar o homem no campo através da geração de emprego e circulação de renda. Além desses benefícios, os produtos do mel acompanham as tendências de consumo por alimentos saudáveis com elevado teor nutricional e medicinal à saúde humana e que podem ser usados em receitas elaboradas e coquetéis diferenciados. Outros produtos da apicultura como própolis, pólen, cera e apitoxina são bastante valorizados no mercado de cosméticos e pela indústria farmacêutica. Desse modo, é mister buscar certos parâmetros químico-biológicos de qualidade desse alimento e, valorizar assim, o pequeno produtor local agregando valor a sua produção. Com o respaldo da investigação científica sobre o mel e os produtos derivados das espécies de abelhas sem ferrão ter-se-á a possibilidade de um maior respaldo inclusive em criar parcerias com os governos municipais e estaduais, tendo o mel e o pólen na merenda escolar, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Assim sendo, todo o estudo dos produtos provenientes das diversas espécies de abelhas sem ferrão do Amazonas justifica todo e qualquer investimento em pesquisa nessa área com aspectos multidisciplinar. Portanto, nosso pesquisa focará na espécie Friseomellita varia (Moça Branca). Uma contribuição ao estudo dos Meliponíneos. |