Relatório de Pesquisa

Avaliação do nível de coordenação motora de escolares interioranos

As primeiras evidências do desenvolvimento mental normal são vislumbradas por meio das manifestações motoras. No período da primeira infância, 0 a 3 anos, a inteligência é a função imediata do desenvolvimento neuromuscular. Gradativamente, inteligência e motricidade rompem sua simbiose e tornam-se i...

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Autor principal: Ralinny Nascimento da Silva
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2017
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5313
Resumo:
As primeiras evidências do desenvolvimento mental normal são vislumbradas por meio das manifestações motoras. No período da primeira infância, 0 a 3 anos, a inteligência é a função imediata do desenvolvimento neuromuscular. Gradativamente, inteligência e motricidade rompem sua simbiose e tornam-se independentes. Essa relação cognitiva motora revela que um quociente intelectual diminuído corresponde a um desempenho motor também deficiente (COSTALLAT, 1985). Na criança com transtorno motor o domínio gradativo de seus movimentos depende sensivelmente do processo de ensino e aprendizagem que recebe, pois, sem o devido auxílio ela dificilmente irá superar as crescentes demandas existentes no contexto da educação formal. Como afirmam Wright e Sugden (1996) os transtornos motores podem interferir nas atividades da vida diária que envolvam jogos de correr, saltar, saltitar, arremessar, equilibrar e nas da vida escolar, tais como escrever, desenhar, manipular e construir. Buscar o desenvolvimento ótimo de cada criança é uma tarefa que demanda um bom domínio dos procedimentos de ensino e aprendizagem que permitam atender, não somente suas possibilidades, mas, principalmente, suas necessidades. Por outro lado, a prática de atividades físicas e esportivas organizadas e monitoradas, tanto no contexto escolar quanto em outros contextos sociais, devem adequar-se ao nível de coordenação motora em que a criança se encontra. A participação nessas atividades é de fundamental importância para a promoção da saúde, do desenvolvimento da personalidade e da chance de ascensão e de integração social de crianças e adolescentes (LOPES, 1997) contribuindo para a aquisição, potencialização e o desenvolvimento das habilidades motoras básicas e especializadas (MEMMERT, 2004; MEMMERT; ROTH, 2003). A coordenação motora é um dos principais focos de estudos de áreas científicas, tais como a aprendizagem motora, o controle motor e o desenvolvimento motor. Essas disciplinas focam os seus esforços no sentido de entender como as ações motoras se processam em diferentes níveis, buscando compreender a forma como são aprendidas, controladas e como se desenvolvem (LOPES et al., 2003). Nesse sentido, o presente estudo justifica-se na medida em que permitirá conhecer o nível da coordenação motora grossa de escolares e em extensão a identificação de crianças com transtornos motores e, nesse caso, possibilitará a orientação e o planejamento de intervenção visando a melhoria e a readaptação das crianças em seu contexto escolar.