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Artigo
Dinâmica temporal do uso e cobertura do solo em Rondônia
A partir da segunda metade do século XX houve, por parte do Governo Federal, incentivo à ocupação e colonização do Território Federal de Rondônia. Foi uma maneira de promover a ocupação do vazio demográfico e buscar sanar o problema do êxodo rural que o país enfrentava, devido à expropriação de trab...
Autor principal: | Amorim, Luciana Pontes de |
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Grau: | Artigo |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.ifro.edu.br/handle/123456789/296 |
Resumo: |
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A partir da segunda metade do século XX houve, por parte do Governo Federal, incentivo à
ocupação e colonização do Território Federal de Rondônia. Foi uma maneira de promover a
ocupação do vazio demográfico e buscar sanar o problema do êxodo rural que o país enfrentava,
devido à expropriação de trabalhadores do campo pela mecanização da agricultura. Desde
então, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980, a distribuição de terras atraiu migrantes
de várias regiões do país, provocando transformações profundas em seu espaço geográfico. Isso
porque, além do processo de urbanização, o desmatamento era incentivado para que se
alcançasse o título da terra. Neste sentido, o objetivo dessa pesquisa foi analisar a evolução do
desflorestamento e a dinâmica da paisagem natural em Rondônia, buscando identificar as
modificações no uso e cobertura do solo. A metodologia foi baseada na análise indireta da
paisagem, recorrendo a ferramentas e recursos digitais de armazenamento e processamento em
nuvem, de imagens de satélite, através do Google Earth Engine (GEE). Foram feitas análises
visuais de mapas de uso e cobertura do solo, a partir de dados do projeto MapBiomas, que
disponibiliza imagens do satélite Landsat já classificadas. A discretização temporal adotada para
a análise visual foi de 5 anos, considerando imagens entre 1985, data a partir da qual o projeto
disponibiliza informações, e 2020. As estatísticas das classes de cobertura do solo, tais como
área e sua respectiva porcentagem, também foram obtidas, a partir da plataforma do
MapBiomas, versão 6.0. Como resultado, notou-se que houve modificações intensas na
paisagem, no período em análise, com aproximadamente 30% da área de floresta substituída
por outros usos (perda de aproximadamente 6,8 milhões de ha), predominantemente por
pastagem, cujo incremento de área foi de aproximadamente 6,5 milhões de ha. Outras classes
também se apresentaram em expansão, como a agricultura (de aproximadamente 7 mil ha, em
1985, para mais de 650 mil ha, em 2020), porém ainda pouco relevantes em relação à área
destinada à pecuária. |