Esta dissertação estuda a relação entre a política pública de etnoeducação na Colômbia e os movimentos sociais indígena e afro-colombiano, a partir de uma abordagem qualitativa e interpretativa. O objetivo é analisar como as denúncias, demandas e propostas desses movimentos influenciaram na conceituação da etnoeducação, na sua adoção como enfoque da política educativa para grupos étnicos e nas mudanças que experimentou durante seu processo de consolidação. Para isso, realizou-se uma análise documental de conteúdo de textos acadêmicos, normativos e históricos relacionados com o tema. A partir desta, mostra-se que o movimento indígena teve um papel central no surgimento e na consolidação da etnoeducação como política educativa, embora suas reivindicações fossem despolitizadas e desvinculadas de sua luta pela autonomia. Por outro lado, o movimento afro-colombiano conseguiu que suas demandas educativas fossem reconhecidas legalmente e que a política de etnoeducação fosse estendida a uma parte de suas populações, porém sob uma concepção restrita de etnicidade. Nesse sentido, a política de etnoeducação representou um avanço significativo para a educação dos povos indígenas e das populações afro-colombianas, porém, com limitações e contradições que precisam ser revistas e transformadas.
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