Com o objetivo de determinar os achados histológicos do osso trabecular, nas osteodistrofias subclínica e clínica em bubalinos, avaliaram-se 110 búfalos da Ilha de Marajó, distribuídos em dois grupos formados de animais jovens e adultos. Com base em análises clínica e anatomopatológica, definiram-se dois subgrupos: animais sem evidência de osteodistrofia e animais com osteodistrofia. O estudo histopatológico demonstrou que a desorganização de trabéculas representou a principal alteração do osso trabecular, sendo registrada sobretudo nos animais jovens com osteodistrofia clínica em 34,38% dos casos. Essa alteração caracterizou-se por trabéculas arranjadas de maneira desordenada e com disposição anormal, orientando-se de forma oblíqua e, em muitos casos, com trabéculas transversais. Observaram-se ilhas de cartilagem na região metafisária, principalmente nos animais com osteodistrofia clínica, ocorrendo em 15,63% e 11,54% dos animais jovens e adultos, respectivamente. Foram ainda diagnosticadas: necrose de trabéculas, formação óssea intramembranosa, fibroplasia e as hemorragias quase sempre associadas às microfraturas. Neste estudo, as alterações do osso trabecular foram compatíveis com idênticas alterações descritas em bovinos deficientes em cobre.
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