Tese

Fandantologia: autoetnografia migrante de uma percussionista de pés

Ao aceitar o silêncio pandêmico, ou seja, aceitar ficar em casa sem poder sair ou viajar, suspender algumas atividades e enfrentar uma tragédia humanitária, foi necessário criar novas buscas e outras formas de pesquisa que me fizeram viajar de onde estava, e com o que tinha, abrigando-me em ca...

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Autor principal: MARTÍNEZ, Alba Olinka Huerta
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Pará 2023
Assuntos:
Acesso em linha: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15621
Resumo:
Ao aceitar o silêncio pandêmico, ou seja, aceitar ficar em casa sem poder sair ou viajar, suspender algumas atividades e enfrentar uma tragédia humanitária, foi necessário criar novas buscas e outras formas de pesquisa que me fizeram viajar de onde estava, e com o que tinha, abrigando-me em casa. Essas explorações e através de meu corpo, utilizando diferentes composições de fandango, fizeram-me viajar, e até mesmo migrar, cedendo à tragédia. E, mesmo com toda a vulnerabilidade que rodeava meu corpo por causa do vírus que também viajava e migrava, fui atravessada por outras identidades, outras terras, outras danças, outros movimentos, outras escutas e outros sons. Neste trabalho compartilho essa experiência migratória dentro de casa e como estrangeira no Brasil e, mais tarde, no México. É preciso dizer que esta experiência migratória não começou com a pandemia de Covid-19 e foi através da autoetnografia que consigo dar uma saída aos conhecimentos encarnados (tecnologias parafolclóricas) que me constituem, a fim de consolidar minhas abordagens junto ao conceito de migrações sonoro-corpóreas através do seminário ‘Del Fandango al cuerpo y de vuelta’