Este trabalho enseja contribuir para uma maior eficiência de comunicação entre o Museu
e o público, aferindo a qualidade e as repercussões do processo comunicativo através de novas
técnicas de avaliação. O universo aqui analisado compreende as exposições apresentadas no
prédio da Rocinha do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém, Pará, no
período 2012-2013. Ao longo do tempo de exibição de cada mostra, fizeram-se avaliações do
impacto causado aos visitantes, considerando principalmente a missão educativa da instituição.
Assim, questionários semiestruturados aplicados foram cuidadosamente desenvolvidos de modo a
permitir saber o quanto do teor educativo-informativo pretendido pelo curador teria sido de fato
apreendido pelo visitante, e os resultados foram tabulados segundo a estrutura etária e/ou nível
de escolaridade, local de origem e sexo do respondente. Nesse contexto, a exposição principal do
período, “O Museu que Você não Conhece”, apresentou resultados ambíguos: se por um lado
grande parte do público afirmou ter entendido a problemática das condições de exposição do
plantel zoobotânico do Parque, conforme explanada na mostra, por outro essas mesmas pessoas
pareciam inadvertidamente sugerir propostas que levariam a agravar ainda mais a situação atual a
respeito. Também foi avaliada a exposição temporária “ArtePará 2012: Andanças e Deslocamentos”, com resultados surpreendentemente positivos em que pese a complexidade da
proposta apresentada. É necessário buscar-se o aprimoramento contínuo das exposições do
Museu, tanto do ponto de vista comunicacional e educativo quanto da otimização dos recursos
nelas empregados. Na prática, esses melhoramentos deverão ser implementados através de
estudos de linguagem expositiva e no treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários que
prestam serviço de atendimento ao público.
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