O assédio sexual é uma das principais violências sofridas pelas mulheres nos dias atuais, no entanto, o mesmo existe desde a antiguidade, pois sua origem é histórica e cultural. Com a sua base de sustentação firmada no machismo, na sociedade patriarcal e na desigualdade de gênero, o assédio acompanha a mulher desde o seu nascimento assim como sua objetificação e submissão. Quando levada para dentro da escola, a situação não é diferente, constantemente as meninas são assediadas pelos próprios alunos, e na maioria das vezes por medo, culpa e vergonha, se calam. O problema fica ainda maior quando há omissão por parte da escola, o que acaba reforçando, a prevalência do problema no interior da mesma. A pesquisa qualitativa, através de questionário semi-estruturado, foi realizada em uma turma de 9º ano da escola Pe. Lourenço Scotti, e teve como objetivo, investigar os episódios do assédio sexual entre alunos, identificando a existência do machismo e da desigualdade de gênero, enquanto influenciadores para a ocorrência da referida violência dentro da escola. Os resultados obtidos através do estudo, mostraram que o assédio sexual dentro do ambiente escolar é ainda mais comum, e que mesmo invisíveis, o machismo e a desigualdade de gêneros, também estão presentes no interior da mesma. Também ficou evidente o desconforto das meninas em relação ao desrespeito que sofrem, e a falta de confiança em procurar a ajuda da escola, que por sua vez, não se sente capacitada e não tem projetos para aprofundar as discussões e intervir nessa realidade.
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