Os projetos de requalificações tem sido a solução para edificações históricas que, diante de uma paisagem urbana que está em constante e rápida mudança, tem se tornado construções obsoletas em meio a edifícios modernos e o Palacete Casa das Onze Janelas, localizado em Belém, Pará, se enquadra neste contexto. Após o projeto Feliz Lusitânia, o edifício passou a abrigar o museu de arte contemporânea Museu Casa das Onze Janelas que lhe conferiu, para além de uma nova utilização, um significado que se somou à sua importância enquanto patrimônio. Apesar disto, e por mais que os museus sejam reconhecidos como instituições máximas quanto se trata de salvaguarda, a relação entre edifício histórico e instituição de arte contemporânea apresenta determinados questionamentos referendes principalmente a preservação da construção. É partindo deste ponto que este trabalho se justifica ao se pesquisar como a instituição está gerindo este bem imóvel e até que ponto o museu está interferindo ou não na leitura do palacete. O objetivo geral é estudar o vínculo entre a edificação histórica e o museu de discurso contemporâneo dentro de um contexto de requalificação. Apoiado por uma metodologia que parte de pesquisa in situ e de referências primárias e secundarias, este trabalho busca compreender questões voltadas para a preservação e utilização deste bem por parte da instituição museológica.
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