A pandemia da Covid-19 forçou o mundo a adotar medidas de biossegurança como o distanciamento social a fim de diminuir propagação do vírus e evitar um colapso nos sistemas de saúde. Um resultado dessa medida foi a criação e implantação às pressas do ensino remoto emergencial (ERE) que visa, a custo de muito exclusão, retomar as aulas. Essa tentativa mal planejada é marcada pela necessidade do uso Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC’s), que na teoria, deveriam ser o principal aliado do professor para ministrar aulas nesse formato. Detendo o olhar na prática cotidiana percebemos que os obstáculos para apropriação e uso das TDIC’s pareciam tomar proporções cada vez maiores, vez que eram corriqueiras as dificuldades de alguns professores em lidar com o manuseio dos equipamentos tecnológicos. Diante desse cenário nos desafiamos a construir compreensões sobre a natureza das dificuldades e das estratégias criadas por professores de escolas públicas e privadas da educação básica de Belém/PA frente às demandas tecnológicas do ERE/híbrido. Como método propomos um questionário (apêndice 1) com catorze perguntas para tentar mapear as realidades experimentadas pelos participantes da investigação em seus contextos de prática profissional. A análise de conteúdo das respostas obtidas, ancorada pelo método de Bardin (2011) permitiu formular oito categorias de análise que ressaltaram desde dificuldades em ferramentas tecnológicas até a falta de investimento das instituições em cursos de formação que garantissem uma atuação mais justa, humana e ética.
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