Este trabalho objetiva discutir alguns pontos que envolvem a abordagem sóciocultural em Vila de Beja Abaetetuba-Pará. No aspecto cultural são muitas as mudanças ao longo desses anos. Mudanças ocorridas nas últimas décadas, com a chegada de novos paradigmas sociais e econômicos, a velha cultura como as danças, as festas, a religião, deixaram de ser momentos tão especiais nesta localidade. Ainda se brinca, mas como diz o ditado popular “não como antigamente”. Observaremos relatos de filhos de pescadores em suas relações internas à unidade familiar, nos espaços produtivos e de trabalho, na conquista de direitos e cidadania, na ocupação de espaços públicos, como a escola, onde juntamente com a família são responsáveis pela educação e evolução da cidadania. Neste sentido foi analisado o quanto essas famílias ainda mantém as tradições e costumes típicos dos ribeirinhos, ainda há famílias nesta localidade que sobrevivem apenas do pescado, embora, imbuídos em uma sociedade que vale mais quem tem bens materiais, mais se constata nestas pesquisas que para o pescador e sua família o importante é tê-los todos por perto e que não precisa tantas coisas para serem felizes e que eles ainda valorizam a figura do pai como o chefe aquele que tem a responsabilidade de encaminhar os filhos. O estudo tem como objetivo também refletir em que medida estas mudanças alteraram padrões e modos de vida dos pescadores e do campesinato tradicional e como esses atores se situam em relação ao mundo atual. O lócus de investigação tem como foco resultado de pesquisa de campo realizada pela autora em entrevistas com os ribeirinhos pescadores do Ramal Arienga na região de Vila de Beja, no município de Abaetetuba.
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