O trabalho investiga a implantação do Novo Ensino Médio no contexto do ensino presencial
mediado por tecnologias em uma escola da zona rural rodoviária de Manaus, a partir da
perspectiva dos jovens estudantes. A pesquisa foi desenvolvida segundo a abordagem da
pesquisa qualitativa reconstrutiva (Bohnsack, 2020), utilizando como principal procedimento
metodológico, os Grupos de Discussão, na perspectiva do Método Documentário (Mannheim,
1952). A metodologia incorporou também uma revisão da literatura e a análise da Proposta
Curricular Pedagógica do Ensino Médio do Amazonas e do Referencial Curricular Amazonense
do Ensino Médio. Considerando a escola como o lugar onde as transformações anunciadas pelo
novo ensino médio serão inicialmente percebidas, este estudo faz uma análise da Reforma a
partir da escuta de um grupo de sujeitos cujas trajetórias escolares ficarão marcadas por fazerem
parte das primeiras turmas do chamado Novo Ensino Médio no estado do Amazonas. Foram
realizados 3 grupos de discussão com jovens do sexo masculino e feminino, matriculados no
Ensino Médio Presencial Mediado por Tecnologias de uma escola da zona rural rodoviária da
capital amazonense. Os resultados da pesquisa apontam que, na rede estadual do Amazonas, a
implantação do Novo Ensino Médio não atende às demandas dos jovens locais. A análise do
ensino médio mediado por tecnologias em uma escola da zona rural rodoviária mostra que,
apesar de haver recursos tecnológicos disponíveis, a infraestrutura e suporte tecnológico ainda
são limitados. A perspectiva dos jovens sobre a implantação do NEM revela que a maioria dos
estudantes entrevistados sentem uma desconexão entre o currículo e suas realidades e
interesses, demandando por maior participação na definição do que é ensinado.
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