O presente artigo traz uma análise da trajetória da autora, sua relação com a
educação, a arte, a dança, conectando informações das suas experiências com o
multiculturalismo, e apontando alguns referenciais teóricos que discutem esta
temática no ambiente escolar, e no que se refere a legislação que alteraram a
LDBEN – a Lei 10.639/03 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e
culturas afro-brasileira, africanas e indígenas na educação básica. Porém, no
decorrer da pesquisa, a autora recebeu o diagnóstico de burnout, o que acarretou
mudanças no processo da pesquisa, visto a dificuldade em estruturar o raciocínio,
compreender e desenvolver textos. Assim, resgata relatos vividos dentro do
ambiente escolar, que se conectam ao multiculturalismo, e as diversas situações que
um professor/professora passa em sala de aula, estruturando sua vivência, enquanto
professora de artes de uma instituição pública de ensino. Ao entendermos que a
escola deveria ser um espaço para todos, porém, infelizmente, percebemos muitas
formas de violência, como machismo e preconceito racial, torna-se necessário trilhar
um caminho que tenha o respeito como fundamento. Assim, conhecemos a jornada
de descoberta de uma mulher negra, feminista, professora e artista, que teve que
desacelerar e respeitar os limites do seu corpo. Apresenta algumas das referências
do áudio visual que cooperaram nesse processo de identificação, como Emicida
(2020) dirigido por Fred Ouro Preto, Sankofa (2020) obra dirigida por Rozane Braga.
Da mesma forma, aporta referências bibliográficas como Scott (1990), Nicholson
(1994), Freire (2019), Hooks (2017), Candau (2010), Pompino (2018), Sampaio
(2015), Strazzacappa (2001).
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