Os Museus são instituições que se afirmaram como locais de guarda e preservação da memória. No entanto, ao longo do tempo, essa concepção foi sendo discutida e os museus passaram a ser objeto da critica cultural, onde são acusados de colaborar para manutenção das estruturas sociais burguesas, mediante a apropriação do capital cultural, pelas classes sociais detentoras do poder político e econômico, que ao se apropriarem desse capital,
transformam-no em capital simbólico, a ser utilizado para justificar os regimes de diferenças entres as classes. A medida em que essas discussões ocorrem, abrem-se oportunidades de desmascarar os mecanismos ideológicos que asseguram essa manutenção e, criam-se a bases a sua superação. Assim, os Museus podem ser observados como centros produtores de conhecimento que estabelecem fortes vínculos com a Ciência e a Educação, e constituem-se como sistemas de comunicação poderosos nesse processo. Novas teorias, originadas da ecologia ou mesmo da sociologia, tem oferecido perspectivas promissoras para pensar os
Museus como ecossistemas comunicacionais, nelas, verificam-se os mecanismos de produção
e reprodução que criam as bases para manutenção dos sistemas, onde é possível compreender as mudanças e os ajustamentos estruturais que constituem a autopoiese desses ecossistemas. Mediantes um estudo de caso, no Museu Amazônico, órgão suplementar da Universidade Federal do Amazonas, caracterizado como museu associado as ciências humanas, em especial a história, a antropologia e a arqueologia, tentamos observar,
embasados nas recentes teorias, esse museu como ecossistema comunicacional, buscamos identificar seus mecanismos reguladores utilizados para produzir e reproduzir-se e qual o papel da divulgação da ciência nesse processo.
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