Dissertação

Gestão ambiental participativa em espaço protegido: o caso do Paraná do Aranapú na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá

Conciliar a proteção ambiental com a presença humana e a necessidade de desenvolvimento econômico, social e cultural é o objetivo de algumas categorias de Unidades de Conservação. Neste sentido, a presente dissertação intitulada Gestão Ambiental Participativa em Espaço Protegido: O Caso do Paraná d...

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Autor principal: Silva, Hilkia Alves da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7887433985254548
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2801
Resumo:
Conciliar a proteção ambiental com a presença humana e a necessidade de desenvolvimento econômico, social e cultural é o objetivo de algumas categorias de Unidades de Conservação. Neste sentido, a presente dissertação intitulada Gestão Ambiental Participativa em Espaço Protegido: O Caso do Paraná do Aranapú na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá/AM pretende ser uma contribuição nas discussões sobre gestão participativa em espaço legalmente protegido. Partimos da abordagem geográfica acerca das categorias espaço e território para compreender um dos aspectos intrínsecos à temática sobre o ordenamento territorial e ambiental que é a criação e gestão de espaços protegidos. Por outra via discutiu-se a Gestão Ambiental Participativa e problematizou-se a Educação Ambiental como base teórico-metodológica, ou seja, instrumento de mediação de conflitos no processo de gestão ambiental participativa do setor Aranapú da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, local de fundamentação empírica desse trabalho. Analisar o processo de gestão ambiental participativa numa visão da Educação Ambiental como processo para o estabelecimento de novas relações da sociedade local, entre si, e dela com a natureza, foi nosso objetivo principal. Através do enfoque qualitativo a pesquisa buscou descrever o processo participativo, identificando as possibilidades e limites para a continuidade na visão comunitária. Para tanto se utilizou de entrevistas semiestruturadas realizadas com 65% dos chefes dos domicílios das oito comunidades. Considerando a dinâmica hídrica da área optou-se por realizar tais entrevistas em dois momentos: período da cheia e período da vazante, a fim de compreender as relações dos ribeirinhos com o ambiente a cada modificação da paisagem. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá-IDSM co-gestor da RDSM, desenvolve junto com as comunidades o manejo dos recursos naturais, uma forma de compensá-los pelas restrições estabelecidas no Plano de Manejo, visando à conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população local. Assim os comunitários precisam estar organizados e terem comprometimento na execução das atividades. No entanto, é perceptível que as regras existentes nem sempre são seguidas por todos os comunitários, enquanto existem os que dedicam parte de seu tempo à fiscalização dos recursos, trabalho voluntário, também têm aqueles que permitem a entrada de terceiros nos lagos de uso exclusivo das comunidades, ou mesmo em áreas proibidas. A pesquisa destaca as múltiplas relações que se produzem em um processo participativo buscando compreender os significados expressos pelos atores, assim como sensibilizá-los através das informações que a Educação Ambiental pode viabilizar.