A pesquisa analisa a política de criação das escolas de ensino médio de tempo integral na rede estadual de ensino do Amazonas. Aborda a epistemologia do trabalho como princípio educativo, resgatando a ontologia do trabalho, a formação na perspectiva do trabalho e educação e, as novas exigências para formação na perspectiva do capital. Também discute os reflexos do Estado neoliberal nas políticas públicas para o ensino médio no Amazonas, enfocando a política de formação nos Centros de Excelência Profissional, o sucumbir do ensino profissionalizante na rede pública estadual de Manaus e a reconfiguração da política de formação profissional na rede pública estadual. O estudo consiste numa análise qualitativa, tendo como pressuposto epistemológico o materialismo histórico dialético, considerando o papel da escola numa dimensão de formação ontológica do trabalho, compreendendo-a quanto espaço de contradições, manutenção ou lutas contra a hegemonia do capital. Assim, a pesquisa evidencia o sentido de formação das escolas de tempo integral e as políticas de reforma do ensino médio implantadas pelo Estado, levando em conta a correlação de forças entre os interesses de fortalecimento da expansão do capital e os interesses da classe trabalhadora.
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