A presente pesquisa dedicou-se a análise das representações sociais de Educação Ambiental entre os professores/cursistas do Programa Especial de Formação Docente (PEFD) da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas. Para o alcance dos objetivos propostos realizou-se, inicialmente, um estudo das concepções de Educação Ambiental (EA.), identificando-se com a perspectiva política, a qual entende que as questões ambientais não devem estar desvinculadas das discussões de caráter político, econômico e social. Em seguida apresentam-se algumas reflexões acerca da formação de professores no que diz respeito à Educação Ambiental. Concluído o primeiro momento, buscou-se analisar as representações sociais de Educação Ambiental dos alunos do PEFD/UFAM/FACED. A teoria das representações sociais de Moscovici (1978) e a teoria do núcleo central de Abric (2000) constituíram o embasamento teórico desta pesquisa. Para identificar o núcleo central e periférico dos pesquisados; como instrumento metodológico, aplicou-se entre os 100 sujeitos da pesquisa a técnica de associação livre de palavras (TAL). Os resultados obtidos pela referida técnica foram tabulados e submetidos à leitura do software Evoc, que quantificou os dados, oferecendo uma melhor visibilidade quanto a estrutura organizacional da representação. Para aprofundar os resultados obtidos realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 10 professores escolhidos aleatoriamente. As entrevistas, possibilitaram, ampliar a compreensão das representações dos sujeitos em relação a Educação Ambiental. Os resultados obtidos com a técnica associação livre de palavras revelou uma visão naturalista de Educação Ambiental, na qual a preservação e conscientização estiveram presentes entre as palavras mais evocadas, compondo assim o núcleo central dessa representação. A análise da frequência, semelhanças e proximidades semânticas presentes nas entrevistas, confirmou esta concepção naturalista. Estas ideias estão ligadas ao uso, preservar, para usar melhor, ignorando a dimensão política da Educação Ambiental. Pode-se assim concluir que os sujeitos da pesquisa veem a Educação Ambiental como um processo de conscientização do uso adequado da natureza, considerando a relação homem-natureza como natural, deixando de perceber que as relações que se estabelecem no mundo, são sociais e vividas em um tempo e espaço histórico. A compreensão reducionista de Educação Ambiental presente entre os professores, indica, portanto, uma necessidade de repensar à formação docente no que tange a questão ambiental, garantido a presença dessa temática nos currículos das licenciaturas em pedagogia.
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