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Dissertação
A leitura no cenário escolar: como os professores a organizam, como os alunos a realizam
Tomando como referência a sociedade atual e entendendo a leitura como resultante de um processo histórico e cultural, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a leitura no ensino fundamental a partir da perspectiva dos seus polos de produção e de recepção e como objetivos específicos conhe...
Autor principal: | Silva, Ivelize Fausto da |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0535473060473137 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3253 |
Resumo: |
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Tomando como referência a sociedade atual e entendendo a leitura como resultante de
um processo histórico e cultural, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a leitura no
ensino fundamental a partir da perspectiva dos seus polos de produção e de recepção e como
objetivos específicos conhecer como o mundo da leitura no ensino fundamental é organizado e
encenado pelos professores e compreender como os alunos se apropriam desse mundo da
leitura. A pesquisa foi desenvolvida em 4 escolas públicas de Manaus das Zonas Norte e Leste
da rede estadual e municipal de ensino. Participaram da pesquisa 48 sujeitos sendo 8
professores de Língua Portuguesa e 40 alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental e foram
utilizados como instrumentos para coleta de dados a entrevista semiestruturada para os
professores e o questionário para os alunos. Para fundamentar esta pesquisa, recorremos à
teoria de Chartier (1990, 1994, 1996, 1998, 2001, 2002, 2007) que aborda a leitura como
sendo um processo inserido na tensão entre o polo da produção e o polo da recepção. Para este
teórico, no polo da produção temos o autor, o editor, o tradutor, o comentador, que tentam, de
alguma forma, impor, sugerir regras, condicionamentos que visam refrear a liberdade do leitor
e, dessa forma, conseguir uma leitura autorizada, de acordo com o que foi pensado no polo da
produção. No polo da recepção, por sua vez, estão os leitores e suas práticas inventivas,
autônomas, alicerçadas na irredutível liberdade que há neste polo. Como o cenário de nossa
pesquisa é a escola, situamos os professores no polo da produção como os que organizam,
selecionam, escolhem as leituras para serem realizadas na escola. Já no polo da recepção,
estão os alunos como aqueles que se apropriam da leitura organizada pelos professores.
Instalar os professores no polo da produção e os alunos no polo da recepção foi uma
apropriação da teoria de Chartier feita, inicialmente, por Corrêa (2001) quando investigou a
leitura na universidade. Da mesma forma que este autor, também fizemos essa associação no
ambiente escolar e inserimos os professores no polo da produção e os alunos no polo da
recepção, buscando compreender como os professores organizam a leitura nas escolas e como
os alunos se apropriam dessas leituras. |