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Tese
Efeitos centrais e periféricos da implantação de células tronco hematopoéticas associado ao uso de fator estimulador de colônia de granulócitos na insuficiência cardíaca experimental
Introdução: Alterações imunológicas e morfológicas na musculatura esquelética são associadas com piora da capacidade funcional após infarto do miocárdio, somado às modificações centrais. Um melhor entendimento dos mecanismos centrais e periféricos envolvidos na insuficiência cardíaca é necessário...
Autor principal: | Leon, Elisa Brosina de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0202938688575304 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5304 |
Resumo: |
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Introdução: Alterações imunológicas e morfológicas na musculatura esquelética são
associadas com piora da capacidade funcional após infarto do miocárdio, somado às
modificações centrais. Um melhor entendimento dos mecanismos centrais e periféricos
envolvidos na insuficiência cardíaca é necessário para desenvolvimento de estratégias
terapêuticas específicas, como a utilização de células tronco (CT) ou fator estimulador de
colônia de granulócitos (G-CSF) para diminuir ou prevenir atrofia muscular presente nesta
síndrome, além das mudanças imunológicas deletérias.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de células tronco
ou/e fator estimulador de colônia de granulócitos nas modificações cardíacas e mudanças
teciduais periféricas após a indução de infarto do miocárdio experimental.
Metodologia: Em camundongos Balb/C foi induzida a ligadura da artéria coronária esquerda.
Os animais do grupo Controle foram submetidos ao procedimento cirúrgico sem a ligadura da
artéria. Uma semana após o procedimento, os animais foram submetidos a tratamento com
PBS (IM+PBS), G-CSF (IM+G-CSF) ou G-CSF associado à CT hematopoética (IM+GCSF+
CT). Os animais foram observados por um período de quatro semanas, sendo então
realizada análise ecocardiográfica, teste de esforço e coleta de tecidos (coração, pulmão,
diafragma, fígado e músculo periférico) para análise de citocinas e mudanças estruturais.
Resultados: Os resultados demonstram que todos os tratamentos propostos foram capazes de
diminuir a área de infarto, de maneira mais evidente após a administração de G-CSF. Por
outro lado, o G-CSF induziu a pior resposta no teste de esforço (menor distancia total
percorrida e velocidade final alcançada). A análise das citocinas teciduais esqueléticas
demonstrou aumento da frequência de altos produtores de citocinas pró-inflamatórias como
TNF-α, IL-6, IL-12, IFN-γ, IL1-β e IL-4 em camundongos infartados, resultando em
desequilíbrio no balanço anti/pró-inflamatório da resposta imune. Os tratamentos propostos
apresentaram comprometimento negativo durante o uso de G-CSF isolado e resultados
satisfatórios quando associado ao uso das CTs.
Conclusão: Concluiu-se que a utilização de G-CSF sozinho parece ser responsável por
ampliar o processo inflamatório em animais infartados conduzindo a uma diminuição da
capacidade funcional do músculo esquelético, o qual reflete em desempenho inferior no teste
de esforço. Em contraste, a utilização de G-CSF, em associação com CT hematopoiéticas
parece ter um efeito benéfico no processo inflamatório modulando a resposta e refletindo em
menor efeito deletério na síndrome da insuficiência cardíaca. |