/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Controle da dor pós-operatória em pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho: comparação de soluções analgésicas intra-articulares
JUSTIFICATIVA: Intervenções cirúrgicas sobre o joelho são causa de incapacidade funcional pós-operatória devido à dor. A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) pode ter um efeito deletério a longo prazo, pois ele é essencial para a função adequada da articulação. O tratamento de eleição para...
Autor principal: | Leão, Marcos George de Souza |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5310508657314468 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5542 |
Resumo: |
---|
JUSTIFICATIVA: Intervenções cirúrgicas sobre o joelho são causa de incapacidade
funcional pós-operatória devido à dor. A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) pode
ter um efeito deletério a longo prazo, pois ele é essencial para a função adequada da
articulação. O tratamento de eleição para os pacientes ativos e instabilidade do joelho é a
reconstrução artroscópica do LCA (RLCA). A RLCA tem como objetivo estabilizar o joelho
por meio da reprodução da anatomia ligamentar, reduzindo assim o potencial efeito adverso
das sequelas das lesões intra-articulares tardias. O manejo apropriado da dor pós-operatória
nos primeiros dias após a cirurgia é uma preocupação comum do cirurgião ortopédico, do
anestesiologista, do paciente e do fisioterapeuta. A bupivacaína é um anestésico local,
administrado IA por alguns cirurgiões ortopédicos, a fim de prevenir a dor aguda nesse tipo
de cirurgia. Técnicas para controlar a dor pós-operatória das cirurgias apresentam o potencial
de diminuir o tempo de internação pós-operatório, conferir menor custo ao tratamento e
abreviar o retorno do paciente a atividades e a recuperação funcional do joelho operado.
OBJETIVOS: Avaliar a dor pós-operatória, nos pacientes submetidos à RLCA que
receberam soluções analgésicas intra-articulares; objetivos específicos: verificar qual solução
analgésica é mais eficaz no controle da dor pós-operatória, quais períodos existe melhor
controle da dor pós-operatória, quais são os potenciais efeitos adversos dessas soluções,
assinalar a quantidade de medicações adjuvantes analgésicas e anti-inflamatórias utilizadas,
verificar os efeitos sistêmicos adversos causados pelas medicações analgésicas e antiinflamatórias
e existência ou não de relação com as soluções. METODOLOGIA: Foi
realizado um ensaio clínico randomizado, triplo cego, no Serviço de Cirurgia do Joelho da
Fundação Hospital Adriano Jorge em Manaus, com 48 pacientes que foram submetidos à
RLCA, divididos aleatoriamente em 4 grupos: Grupo I (n=12) 20 ml de solução fisiológica
(controle); Grupo II (n=12) 20ml de bupivacaína a 0,5%; Grupo III (n=12) 20 ml de
bupivacaína a 0,5% + 0,1 mg de epinefrina; Grupo IV (n=12) 20 ml de solução fisiológica +
0,1 mg de epinefrina, injetados no joelho ao término da operação antes da desinsuflação do
torniquete. A dor foi avaliada pela escala visual analógica imediatamente após o
procedimento, e seis, 12, 24 e 48 horas ao fim da cirurgia, bem como as variáveis descritas
nos objetivos. RESULTADOS: Observou-se a grande variabilidade dos resultados da EVA
entre os pacientes avaliados em cada grupo. Nesse sentido, verificou-se, pela ANOVA de
Kruskal-Wallis, considerando um nível de 5% de significância, que as soluções analgésicas IA de cada grupo influenciaram na avaliação da dor desses pacientes (𝑝 = 0,003), sendo os
pacientes do Grupo III os que apresentaram menor dor pós-operatória. Não se evidenciou um
maior ou menor consumo de drogas analgésicas suplementares, bem como efeitos adversos
das decorrentes das soluções empregadas. CONCLUSÕES: A solução combinada de
bupivacaína e epinefrina foi a mais eficaz no controle da dor nos pacientes que foram
submetidos à RLCA, porém sem diferenças estatisticamente significativas com o grupo II (p
= 0,547); não se observou diminuição ou aumento no consumo de analgésicos suplementares
nem aparecimento de efeitos sistêmicos adversos (p > 0,05). |