O processo de transferência de tecnologia tem se mostrado importante para o desenvolvimento social e econômico de países em desenvolvimento, principalmente quando se considera tecnologias que permitem a agregação de valor a recursos naturais, de modo que promovam a instalação e a consolidação de pólos de produção e comercialização. Diante as riquezas naturais existentes no Amazonas, iniciativas relacionadas à produção de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes produzidos com componentes oriundos da Amazônia tem se apresentado como alternativa para o desenvolvimento sustentável no Estado. Neste contexto, esta tese teve a pretensão de analisar os mecanismos de transferência de tecnologias adotados pelas empresas de fitocosméticos junto às instituições promotoras de conhecimento instaladas no Estado. Como objetivos específicos o trabalho visou: identificar e caracterizar empresas e instituições de pesquisa que atuam na área de fitocosméticos no Estado do Amazonas; identificar os tipos de conhecimento que estão sendo produzidos e os transferidos entre os atores identificados; e compreender os mecanismos utilizados pelos atores envolvidos, para realizar transferência de tecnologia. A pesquisa foi de caráter qualitativo, o método utilizado foi o estudo de caso. Os instrumentos de coleta de dados foram questionários e entrevistas semiestruturadas. O trabalho foi estruturado em cinco capítulos sendo (i) introdução, (ii) fundamentação teórico, (iii) metodologia (iv) resultados e discussões, (v) conclusões. Constatou-se que atualmente existem 15 pequenos negócios de fitocosméticos instalados em Manaus que utilizam tecnologias básicas de produção. Essas empresas possuem níveis de competências técnicas e organizacionais diferenciadas. Existem parcerias entre as empresas e algumas instituições promotoras de conhecimento no Estado, e em sua maioria são utilizados mecanismos informais de transferência de tecnologias. Apesar do cenário mercadológico favorável aos pequenos negócios de fitocosméticos, os desafios são grandes. É preciso maior esforço das instituições promotoras de conhecimento e de políticas públicas do Estado para promover a efetiva transferência de tecnologia para o segmento, mas, para isso, antes será necessário uniformizar competências organizacionais ou propor ações diferenciadas para cada necessidade específica.
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