A transferência de tecnologia pode funcionar como uma ferramenta estratégica para as universidades, por meio da qual fortalece um elo entre as instituições e as empresas e desempenha um papel crucial para a inovação e competitividade, com a chegada de suas pesquisas ao mercado. Diante desse contexto, o objetivo geral desta pesquisa foi desenvolver um processo interno para auxiliar o fluxo de transferência de tecnologia na área de Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para o mercado. A metodologia utilizada foi qualitativa e com delineamento em estudo de caso, utilizando referências bibliográficas, regulamentações e processos de diferentes universidades públicas e instituto de pesquisa, bem como os da Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da UFAM (PROTEC). Além disso, foram realizadas entrevistas do tipo semiestruturada com questões abertas junto à equipe de profissionais da PROTEC, pesquisador da área de biotecnologia e profissionais de universidades da esfera federal e estadual das regiões sul e sudeste e Instituto de Pesquisa da região norte. Os dados coletados foram analisados e, a partir deles, foi realizado um mapeamento do fluxo de processo de transferência efetivada pela UFAM, assim como a utilização da ferramenta de benchmarking para proposta do fluxo. Observou-se que a UFAM está em processo de aperfeiçoamento em relação ao trâmite de contrato de licenciamento e demanda de alinhamento de seus departamentos para formalização de contratos dessa natureza, cujo fluxo de processo de transferência de tecnologia, comparado especificamente aos das universidades participantes desta pesquisa, apresenta-se complexo, composto por muitas etapas e por dificuldades na sua tramitação. Como resultado, este estudo propõe um fluxo de processo de transferência em biotecnologia enxuto e estruturado de redução nas suas etapas, que, potencialmente, otimizará o tempo de formalização de contrato, favorecerá a formalização de maiores números de contratos de licenciamento, melhorará o gerenciamento do processo e levará a uma maior independência da PROTEC em conduzir atividade dessa natureza.
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