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Dissertação
Linfoma não-Hodgkin com envolvimento oral e maxilofacial: estudo retrospectivo de 10 anos em um centro de referência oncológico do Amazonas
Introdução: Os Linfomas Não-Hodgkin (LNH) são doenças malignas do tecido linfóide, que podem acometer tanto os linfonodos quanto os sítios extra-nodais. Em boca, os LNH são sempre extra nodais e representam a terceira malignidade mais prevalente de cabeça e pescoço, sendo representados principalment...
Autor principal: | Quadros, Thalita Soares Serrão |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/8535199881347124 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2019
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7051 |
Resumo: |
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Introdução: Os Linfomas Não-Hodgkin (LNH) são doenças malignas do tecido linfóide, que podem acometer tanto os linfonodos quanto os sítios extra-nodais. Em boca, os LNH são sempre extra nodais e representam a terceira malignidade mais prevalente de cabeça e pescoço, sendo representados principalmente pelos subtipos: Difuso de Grandes Células B (DGCB), Burkitt, Folicular e o de Tecido Linfóide Associado à Mucosa (MALT). Estudos epidemiológicos sobre o LNH extra-nodal em região oral e maxilofacial (OMF)são escassos no Amazonas. Objetivos: Avaliar a prevalência do LNH com ênfase nos diagnosticados na região Oral e Maxilofacial, provenientes da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON), bem como caracterizar os pacientes acometidos quanto ao perfil clínico-patológico. Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo de pacientes diagnosticados com LNH no período de 01 de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2017, em que foram coletados de seus prontuários médico/odontológicos informações referentes ao sexo, idade, manifestações clínicas, diagnóstico histológico da lesão, protocolo de tratamento e sobrevida dos pacientes. Resultados: Dos 301 prontuários de LNH coletados, verificou-se que 65,12% (n=196) eram exclusivamente nodais, 16,28% (n=86) exclusivamente extra-nodais e 6,31% (n=19) em ambos os locais (nodal/extra-nodal). Apenas 4,6% (n=14) dos LNH ocorreram em região OMF, correspondendo a 13,33% (14/105) dos casos de localização extra-nodal (n=105). Desses 14 casos, 64,29% (n=9) deles ocorreram em pacientes do sexo masculino, pardos (57,14%; n=8), com pico de incidência a partir da sexta década de vida (50%; n=7), seguido pela quarta década (28,57%; n=4), com localização sobretudo na mandíbula (42,86%, n=6). Quanto ao tipo histológico, houve predominância para os casos derivados de células “B” (92,86%; n=13), especialmente o subtipo DGCB (50%, n=7). Foi realizado tratamento único em metade dos casos (50%; n=7) e combinado na outra metade (50%; n=7). Dados sobre sobrevida desses pacientes foram insuficientes para análise. Por outro lado, notou-se percentual de sobrevida discretamente superior para os LNH localizados em região OMF em comparação aos encontrados em outros sítios anatômicos, porém sem relevância estatística. Quanto aos LNH de maneira geral, foi possível analisar a sobrevida de 5 anos em apenas 34,88% dos pacientes (n=105 de 301) com taxas de sobrevida menores para o sexo masculino, em idades mais avançadas e com subtipo histológico DGCB, não havendo significância na sobrevida em relação a raça e células de origem (“B”, “T/NK”). Conclusão: Os LNH em região OMF são semelhantes do ponto de vista epidemiológico em relação aos que acometem outras regiões do corpo, sobretudo em relação ao sexo e subtipo histológico, podendo haver peculiaridades em relação à faixa etária de acometimento, podendo indicar um pico para a quarta década de vida em OMF, diferente para os demais LNH com picos crescentes a partir da quinta década. |